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Política

Campanha tenta coibir venda de votos na reta final para as eleições

Richelieu de Carlo | 19/09/2016 13:11
MPE lança a campanha “Voto vendido, futuro perdido” nesta quarta-feira (19). (Foto: Richelieu de Carlo)
MPE lança a campanha “Voto vendido, futuro perdido” nesta quarta-feira (19). (Foto: Richelieu de Carlo)
Procuradores e promotores fizeram panfletagem e adesivagem de carros em frente ao MPF. (Foto: Richelieu de Carlo)
Procuradores e promotores fizeram panfletagem e adesivagem de carros em frente ao MPF. (Foto: Richelieu de Carlo)
Para o técnico agropecuário Antônio Oliveira, "os políticos devem dar o exemplo". (Foto: Richelieu de Carlo).
Para o técnico agropecuário Antônio Oliveira, "os políticos devem dar o exemplo". (Foto: Richelieu de Carlo).

“Este é o momento em que há maior quantidade de compra de votos”, é o que diz o procurador de justiça do MPE (Ministério Público do Estado), Edgar Roberto Lemos de Miranda, para justificar o lançamento da campanha “Voto vendido, futuro perdido”, nesta quarta-feira (19), a menos de duas semanas da realização das eleições municipais. “Mais do que contra a compra, nossa intenção é que não haja a venda do voto. É buscar a adesão da população para denunciar irregularidades nas eleições deste ano”.

“Nosso objetivo é mostrar para as pessoas que ao venderem seu voto, elas prejudicam a qualidade dos serviços prestados no futuro”, explica Marcos Nassar, procurador-regional eleitoral do MPF (Ministério Público Federal), durante o lançamento da campanha.

Na manhã desta segunda-feira (19), procuradores e promotores fizeram panfletagem e adesivagem de carros em frente ao MPF, na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande. Durante a tarde, equipes percorrem terminais de ônibus para conscientizar as pessoas com o objetivo da campanha.

A compra de votos é um dos ilícitos mais comuns durante a campanha eleitoral, só perde para propaganda por mensagens eletrônicas e telemarketing em número de casos registrados, segundo o sistema Web Denúncia, do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul).

Para o procurador de justiça Edgar Miranda, esse tipo de crime ainda é frequente porque as pessoas buscam rapidamente um retorno para o voto. “Elas querem uma satisfação imediata, mas esquecem que vão ficar quatro anos sem serviço público essencial de qualidade, que não só ela merece como toda comunidade.”

Para o técnico agropecuário Antônio Oliveira, 46 anos, é importante a conscientização da população porque há políticos que tentam “vencer a qualquer custo”. “A corrupção no país é um vício, que está em todos os setores. E o povo pensa que os políticos vão roubar de qualquer jeito, então as pessoas querem pelo menos garantir o delas”. Ele, porém, tem esperança na mudança desse cenário. “Com o combate à corrupção, os políticos talvez mudem e passem a dar o exemplo.”

Como denunciar – Denúncias de irregularidades em campanhas eleitorais podem ser feitas pelo aplicativo do TRE (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), chamado "Pardal". As informações enviadas pela população por tablets ou celulares são encaminhas ao Ministério Público Eleitoral, que é responsável pelas providências cabíveis.

Há também o aplicativo SAC MPF, que recebe documentos, fotos, áudios e vídeos que são encaminhados diretamente à promotoria de justiça, disponibilizado pelo Ministério Público Eleitoral, que é composto pelo MPF e MPE (Ministério Público do Estado).

Além dos aplicativos, denúncias podem ser feitas presencialmente no Ministério Público, na Procuradoria da República em Mato Grosso do Sul (Avenida Afonso Pena, 444, Campo Grande), promotorias eleitorais nos municípios, e virtualmente pelo endereço www.cidadao.mpf.mp.br

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