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Política

Orro diz que gravação é ilegal e que não cometeu irregularidades

Deputado prestou depoimento nesta manhã na Corregedoria

Leonardo Rocha | 07/12/2016 12:53
Felipe Orro prestou depoimento nesta manhã, na Corregedoria da Assembleia (Foto: Assessoria/ALMS)
Felipe Orro prestou depoimento nesta manhã, na Corregedoria da Assembleia (Foto: Assessoria/ALMS)

O deputado estadual, Felipe Orro (PSDB), declarou nesta manhã (07), em depoimento na Corregedoria da Assembleia, que não cometeu nenhuma irregularidade em relação a conversa que teve com o colega, Paulo Corrêa (PR), onde houve a suposta "dica de fraude". Ele também alega que a gravação divulgada no dia 29 de outubro, se trata de uma ação ilegal.

"A minha melhor defesa é justamente a gravação, pois na conversa com o Paulo (Corrêa), em nenhum momento falei ou cometi irregularidades. Na verdade fui vítima de chantagem e de uma gravação ilegal", disse ele. O depoimento durou por volta de 15 minutos, a porta fechadas, com o corregedor do legislativo, Maurício Picarelli (PSDB).

O deputado ponderou que não sabia que estava sendo gravado. "Estava sem celular no evento, então o pastor (Jairo Fernandes) me ofereceu o dele para fazer esta ligação, mas não cometi nenhum delito. Na conversa não fala nada, apenas agradeço no final o conselho que foi me passado. Percebi que o Paulo (Corrêa) estava nervoso e preocupado com aquela situação".

Na conversa, Corrêa aconselha Orro a regularizar o ponto dos seus servidores, alertando que existe uma investigação feita pela Rede Globo sobre o assunto, em diversos legislativos estaduais. Ainda sugere ao colega faça um controle dos funcionários do interior, nem que fosse por uma "folha fictícia".

Este diálogo foi gravado pelo celular do pastor Jairo Fernandes, posteriormente divulgado nas mídias sociais e entregue ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), para que fosse feita a devida investigação. Orro alega que foi vítima de chantagem, pelo dono do aparelho.

"Ele (pastor) tentou vender a gravação, o que mostra ser uma pessoa de caráter duvidoso, tanto que existem várias acusações contra ele, neste sentido. O que posso dizer é que não há irregularidades com meus servidores, pois não ultrapasso a cota reservada para esta finalidade". Orro diz que a divulgação da história tinha motivos eleitorais, já que ocorreu na véspera do 2° turno.

Relatório - O corregedor da Assembleia disse que vai requisitar a gravação entregue pelo pastor ao Gaeco, para avaliar o conteúdo. Ele não descarta uma perícia no material, antes de concluir seu relatório sobre o caso. "Devo entregar este parecer ainda neste ano, para análise do presidente da Casa", garantiu.

Picarelli explicou que o caso pode ser arquivado ou ser aberto uma comissão disciplinar contra os deputados. Neste segundo cenário, eles poderiam ser punidos com uma advertência verbal ou até com a cassação dos mandatos, por quebra de decoro parlamentar. O MPE (Ministério Público Estadual) também investiga a história.

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