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Política

Prefeito pode transferir Câmara para obra parada ou perto de cemitério

Kleber Clajus | 24/02/2014 14:47
Planurb só vai concluir estudos após conversa entre Executivo e Legislativo (Foto: Arquivo)
Planurb só vai concluir estudos após conversa entre Executivo e Legislativo (Foto: Arquivo)

Em meio à polêmica sobre o novo endereço da Câmara Municipal de Campo Grande, o Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano) estuda usar parte do Centro de Belas Artes e, até mesmo, área próxima de cemitério no Bairro Santo Amaro. A definição depende do prefeito, Alcides Bernal (PP), que promete há meses solução para que os vereadores não sejam despejados por dívida de R$ 13 milhões, em decorrência de aluguéis atrasados.

De acordo com o diretor-presidente da Planurb, Valter Cortez, os estudos para a mudança são prévios e carecem de definição entre Executivo e Legislativo para serem concluídos.

Na lista de opções estão a construção de um centro administrativo próximo ao aeroporto, uso de parte do Centro de Belas Artes, construção de um prédio no atual estacionamento da Câmara e, até mesmo, uma área próxima ao cemitério do Bairro Santo Amaro.

“É necessário que haja uma equação satisfatória para todos. O que temos de concreto é que os estudos de áreas foram iniciados”, comenta Valter, que só pretende concluir os processos após conversa entre Executivo e Legislativo para não perder “recurso humano e financeiro” no processo.

Para o secretário de Governo e Relações Institucionais, Pedro Chaves, em curto prazo a solução é a Câmara permanecer no prédio atual por meio da renegociação dos aluguéis, atrasados desde 2005, com a Haddad Engenheiros Associados.

Em contrapartida, Chaves faz questão de apontar que Bernal pagou em juízo os valores referentes ao ano passado e cuida pessoalmente da questão.

Preocupação – Na semana passada, os vereadores externaram preocupação sobre o futuro da Câmara. Isso porque podem ser despejados no dia 24 de abril, caso não seja renegociado o pagamento de aluguéis atrasados desde 2005.

O líder do prefeito, Marcos Alex (PT), cobrou que se saia do “conjunto vazio” para que uma solução se concretize.

“Não há nada de concreto e a culpa da situação que vivemos é do prefeito de Campo Grande, não apenas dessa gestão”, garantiu o presidente da Casa de Leis, Mario Cesar (PMDB), que já cogitou uso de tenda em praça para continuidade dos trabalhos.

Em 2013, a Casa de Leis economizou mais de R$ 8 milhões para ajudar na quitação da dívida de R$ 13 milhões com a Haddad Engenheiros Associados. Legalmente, cabe a Prefeitura quitar os débitos porque a Casa de Leis não possui personalidade jurídica.

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