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Tudo o que nos acontece ...

Por Heitor Freire (*) | 04/10/2016 09:38

Os acontecimentos que se sucedem em nossas vidas, embora na maioria das vezes incompreensíveis, são decorrência de nossos próprios atos. Há uma rede invisível que conecta todos os fatos sem que percebamos essa conexão.

Temos tendência a buscar sempre um responsável, a atribuir a outrem os nossos insucessos, a apontar um culpado. Tudo isso para tentar fugir às nossas responsabilidades. Na realidade somos os únicos responsáveis por tudo o que nos acontece.

E essa realidade corresponde a um ordenamento lógico. Como atribuir a outra pessoa as causas por esses fatos? Muitos atribuem aos seus pais, ao tempo em que nasceram, ao fato de não terem estudado, e por aí vai um rosário de reclamações sem fim.

No entanto, se pararmos para analisar, verificaremos que tudo, tudo mesmo, aconteceu para melhorar nossas vidas. Quando estamos no olho do furacão, é até certo ponto compreensível que busquemos um culpado, até para nos eximir da responsabilidade flagrante dos momentos de dor, no desespero dos acontecimentos nefastos.

No entanto, olhando os fatos pela perspectiva do tempo, constatamos que nos foram úteis e necessários. A vida nos proporciona uma oportunidade ímpar de contribuirmos para a nossa evolução.

E para que a evolução se faça de maneira verdadeira é preciso que nossos atos sejam caracterizados pela diferença. Fazer igual a todos ou como nós mesmos fazíamos de forma rotineira não traz nenhuma distinção.

A vida, em qualquer instituição organizada, tem duas premissas básicas: hierarquia e disciplina, às quais se associam outros valores não menos importantes, como lealdade, cordialidade, honestidade, dedicação, competência e seriedade.

Em pouquíssimo tempo de convívio aprende-se mutuamente a observar e realçá-los em cada indivíduo, sem que seja preciso nenhuma metodologia de ensino; aprende-se por intuição e por exemplos de atitudes, comportamentos e empatias, demonstrados no dia- a-dia.

A disciplina regula essas relações através de bulas e estatutos, conscientemente aceitos e juramentados, ou seja, no cumprimento estrito do protocolo. Estas informações todas me fazem pensar que deve haver também um protocolo universal, divino, particular de cada um.

Desde o princípio e para sempre onde deverão estar registrados todos os atos, intenções, pensamentos e palavras de cada um. E que deve, naturalmente, ser dinâmico como uma contabilidade celestial, marcando todos os débitos e créditos, atualizando constantemente o saldo que poderá ser devedor ou credor.

O que seria o protocolo? Um conjunto de normas e procedimentos que regem todos os movimentos de todos os seres em todo o universo. Tudo que existe é regido por um protocolo. Desde o princípio e para sempre. Assim, desde o movimento dos astros até o

mais insignificante ato é regido por um protocolo. Tudo o que foi criado por Deus, obedece a um princípio de proporcionalidade, assim tudo está devidamente medido, pesado, contado, protocolado. O que acontece com o ser humano? Ele desconhece a existência do protocolo.

E assim começa a agir aleatoriamente e acaba criando problemas e mais problemas em sua vida. Cada ato que seja praticado fora do protocolo ocasiona resultados que serão danosos no tempo e no espaço.

Quer se saiba ou não se saiba disso. “Se compreendes as coisas são como são; se não compreendes as coisas são como são” (princípio esotérico). Todas as atividades são regidas por um protocolo que tem uma norma básica comum: o procedimento ético.

Quando assim agimos contribuímos para a nossa evolução. Tudo o que nos acontece é para melhorar a vida da gente.

(*) Heitor Freire é corretor de imóveis e advogado.

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