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Gaeco cumpriu 12 de 16 prisões por fraude em licitações de Terenos

Os nomes dos alvos dos quatro mandados de prisão não cumpridos não foram informados

Por Lucia Morel | 09/09/2025 17:39
Gaeco cumpriu 12 de 16 prisões por fraude em licitações de Terenos
Policial do Gaeco com malote apreendido na Prefeitura de Terenos. (Foto: Henrique Kawaminami)

De 16 mandados de prisão emitidos pela Justiça estadual para a Operação Spotless do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), ambos do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, 12 foram cumpridos, sendo cinco em Campo Grande e nove em Terenos, a 31 Km da Capital e foco das fraudes em licitações.

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O Gaeco e o Gecoc cumpriram 12 dos 16 mandados de prisão na Operação Spotless, que investiga fraudes em licitações em Terenos, município a 31 km de Campo Grande. Entre os detidos estão o prefeito Eduardo Henrique Wancura Budke (PSDB) e diversos empresários do setor de construção civil. A investigação revelou uma organização criminosa que fraudava licitações públicas, com prejuízos superiores a R$ 15 milhões apenas no último ano. O esquema envolvia servidores públicos corrompidos e empresários que simulavam competição legítima em certames com editais direcionados.

Estão presos: o prefeito da cidade vizinha, Eduardo Henrique Wancura Budke (PSDB); o servidor Valdecir Alves Batista; Sansão Inácio Rezende, dono da Construtora e Empreiteira Real; Genilton da Silveira Moreira, dono da Base Construtora e Logística, empresa de manutenção de redes de distribuição de energia elétrica; Nádia Mendonça Lopes, proprietária da Lopes Construtora e Empreiteira Ltda; Hander Luiz Correa Grote Chaves, proprietário da HG Empreiteira & Negócios Ltda; Fernando Seiji Alves Kurose, sócio da Construtora Kurose; empresário Eduardo Schoier, da Conect Construções e Orlei Figueiredo Lopes, ex-proprietário da Cerealista Terenos. Eles estão no Centro de Triagem Anísio Lima.

Outras três pessoas foram presas em Campo Grande: o corretor de imóveis Sandro José Bortolotto; Arnaldo Santiago, empresário do setor de obras públicas e Fábio André Hoffmeister Ramires, sócio da Tercam Construções Ltda. Todos estes estão detidos na sede da Depac/Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada), no bairro Tiradentes.

Os nomes dos alvos dos quatro mandados de prisão não cumpridos não foram informados.

A investigação constatou a existência de organização criminosa voltada à prática de crimes contra a Administração Pública instalada no município de Terenos/MS, com núcleos de atuação bem definidos, liderada por um agente político, que atuava como principal articulador do esquema criminoso.

A organização criminosa se valia de servidores públicos corrompidos para fraudar o caráter competitivo de licitações públicas, direcionando os respectivos certames para beneficiar empresas participantes do esquema delituoso, mediante a elaboração de editais moldados e por meio de simulação de competição legítima, em contratos que, somente no último ano, ultrapassaram a casa dos R$ 15 milhões.

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