ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, SEGUNDA  02    CAMPO GRANDE 26º

Cidades

MS tem 10 pacientes confirmados com coqueluche

Primeira ocorrência de doença altamente contagiosa foi em Coxim, em agosto deste ano

Por Lucia Morel | 30/11/2024 13:44
Criança recebendo vacina em Campo Grande. (Foto: Prefeitura)
Criança recebendo vacina em Campo Grande. (Foto: Prefeitura)

Com dez casos confirmados de coqueluche em Mato Grosso do Sul neste ano - cinco a mais que em 2023 - a Coordenação de Emergências em Saúde Pública da SES (Secretaria Estadual de Saúde) emitiu alerta pelo “cenário epidemiológico” da doença no Estado. A primeira ocorrência foi em Coxim, em agosto deste ano. O município já registrou três casos desde então.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Mato Grosso do Sul registrou aumento de casos de coqueluche em 2024, com dez casos confirmados até a semana 44, contra cinco em 2023. Campo Grande concentra a maioria dos casos (cinco), seguido de Coxim (três). Apesar do aumento, a mortalidade permanece em declínio, atribuído à alta cobertura vacinal (90,77% em 2024), embora ainda abaixo da meta de 95%. A doença, altamente contagiosa, afeta principalmente crianças menores de 15 meses, sendo a vacinação a melhor forma de prevenção, disponível gratuitamente pelo SUS.

Entretanto, Campo Grande acumula a maior quantidade dos casos, com cinco. Há ainda registros confirmados em Mundo Novo e Sidrolândia, com uma ocorrência em cada uma das cidades. “No município de Campo Grande houve 2 casos confirmados em 2020, nenhum caso confirmado de 2021 a 2023 e em 2024 foram 5 casos notificados até a semana 44”, cita o documento.

O risco da doença é principalmente nas crianças com menos de 15 meses, quando é aplicada a segunda dose da vacina. Apesar do aumento de casos, a mortalidade causada pela doença se mantém em declínio, tendo ocorrido mortes somente entre 2013 e 2014. “Por ser uma doença imunoprevenível, o declínio de casos de óbitos pode estar relacionado à situação vacinal da população. A cobertura vacinal preconizada para a coqueluche é de 95%. No estado de Mato Grosso do Sul, em 2022 foi de 86%, e em 2023 o estado alcançou a cobertura de 90,73%. Em 2024, o dado preliminar aponta uma cobertura de 90,77%”.

A coqueluche é uma doença infecciosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis, que afeta as vias respiratórias, gerando crises de tosse seca e falta de ar. Conhecida popularmente como tosse comprida, é uma doença altamente transmissível, já que o infectado pode transmiti-la para outras pessoas através de gotículas da tosse, espirros e até mesmo ao falar.

Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Os sintomas são parecidos com os de um resfriado, com febre, tosse, coriza, dores no corpo e cansaço e iniciam em torno de 7 a 10 dias após a infecção, que geralmente evolui gradualmente para uma tosse seca seguida de tosse convulsa (o que dá o nome da patologia). As pessoas com coqueluche transmitem a doença até três semanas após o início da tosse e muitas crianças que contraem a infecção têm crises de tosse que duram de 4 a 8 semanas.

A coqueluche pode causar complicações graves, especialmente em bebês e crianças. As complicações incluem infecção de ouvido, pneumonia, parada respiratória, desidratação, convulsão, lesão cerebral e até morte.

Prevenção - A melhor forma de prevenir ainda é tomar a vacina. A vacina pentavalente está disponível no SUS (Sistema Único de Saúde) para crianças até 6 anos, 11 meses e 29 dias, mas o ideal é vacinar antes de completar um ano de idade. São 3 doses aplicadas, aos 2, 4 e 6 meses de idade.

É preciso ainda tomar duas doses de reforço da vacina DTP (tríplice bacteriana), uma aos 15 meses de idade e outra até os 4 anos. As grávidas também devem ser imunizadas com a DTPa até a semana 20 da gestação, em caso de esquecimento, a mãe deve tomar o imunizante logo após o nascimento do bebê.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias