Promotores e procuradores terão curso obrigatório sobre feminicídio
Capacitação deve ser concluída on-line até 18 de agosto e rendem selo de boas práticas ao Ministério Público

A "epidemia" de feminicídios no Brasil levou o o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) a determinar que todos os membros do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), tanto de 1ª quanto de 2ª instâncias e independentemente da área de atuação, faça, o curso “Novo Paradigma para a Atuação Ministerial no Enfrentamento ao Feminicídio”.
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O Conselho Nacional do Ministério Público determinou que membros do Ministério Público de Mato Grosso do Sul realizem curso obrigatório sobre feminicídio, independentemente da área de atuação. A medida visa combater o crescente número de casos no estado, que já registrou 18 mortes de mulheres este ano. A iniciativa inclui a criação do Selo "Respeito e Inclusão no Combate ao Feminicídio", que reconhecerá unidades que se destaquem no enfrentamento da violência contra mulheres. O curso, oferecido na modalidade EAD, tem prazo de conclusão até agosto de 2025 e busca padronizar procedimentos no combate ao feminicídio em todo o país.
Já são 18 mortes de mulheres este ano em Mato Grosso do Sul. A medida está ancorada na Recomendação de Caráter Geral de 6 de março de 2025, que orienta a adoção de políticas com perspectiva de gênero nos Ministérios Públicos de todo o País, e também na criação do Selo “Respeito e Inclusão no Combate ao Feminicídio”.
Segundo a Corregedoria, o selo pretende reconhecer unidades que avancem no enfrentamento da violência contra mulheres e meninas.
A capacitação é oferecida na modalidade EAD pela ESMP (Escola Superior do Ministério Público). O conteúdo foi estruturado para “ampliar a formação institucional e qualificar a atuação do Ministério Público na promoção dos direitos das mulheres”, conforme o texto oficial. O prazo para conclusão termina em 18 de agosto de 2025.
Com a recomendação, o órgão de controle pretende consolidar, dentro da estrutura ministerial, uma cultura jurídica sensível às questões de gênero, além de padronizar procedimentos no combate ao feminicídio em todo o País.
Em novembro do ano passado, a Corregedoria Nacional do Ministério Público lançou a campanha de combate ao feminicídio “MP em ação: fortalecimento do Ministério Público brasileiro no combate ao feminicídio – respeito e inclusão”.
A iniciativa quer difundir a Lei Maria da Penha e as medidas protetivas, mostrando que a denúncia salva vidas. Também vai produzir vídeos e materiais digitais para convocar comunidade, profissionais de saúde, educação e segurança a identificarem e ajudarem vítimas.
Outro ponto é o de capacitar membros do Ministério Público em perspectiva de gênero, criar grupos especializados e firmar parcerias interinstitucionais.
Como incentivo extra, foi criado o Selo “Respeito e Inclusão no Combate ao Feminicídio”, que certificará unidades do MP que cumprirem, em até nove meses, três metas: formação interna, campanhas de conscientização e fluxo eficaz para monitorar agressores que usam tornozeleira eletrônica.
A proposta, segundo a Corregedoria, é alinhar todo o Ministério Público a uma resposta “robusta e articulada” contra a violência de gênero.