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Cidades

Redução de crimes contra crianças é por falta de denúncias, avalia delegada

Ela destaca que a maioria das denúncias era feita pelas escolas, creches e Ceinfs

Leonardo Rocha e Bruna Marques | 13/07/2020 12:08
Delegada Franciele Candotti, titular da DPCA, durante entrevista (Foto: Henrique Kawaminami)
Delegada Franciele Candotti, titular da DPCA, durante entrevista (Foto: Henrique Kawaminami)

Na comemoração dos 30 anos do ECA (Estatuto da Criança e Adolescente), constatou-se uma redução no número de crimes de violência contra crianças e adolescentes neste semestre, no Estado. Entretanto as autoridades acreditam que se diminuiu o número de denúncias neste período, devido a pandemia do coronavírus.

A delegada Franciele Candotti Santana, titular da DPCA ((Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), explicou que  maioria das denúncias contra violência à criança é feita pelas escolas, creches e Ceinfs, que fazem parte do sistema de proteção a este público, no entanto as aulas estão suspensas desde março.

De acordo com os dados da DPCA, foram feita até o dia 30 de junho, 712 ocorrências  de violência contra crianças e adolescentes, contra 1.917 registros no mesmo período, no ano passado. A delegada avalia como “negativo” estes números, já que as denúncias reduziram. “A maioria dos casos (violência) ocorre no ambiente familiar ou de convivência da criança”, destacou.

Para os casos de "estupro de vulnerável" foram 217 ocorrências neste semestre e 566 no mesmo período do ano passado. Já em relação aos “maus tratos”, se reduziu de 404 para 136 neste ano, enquanto que crimes cibernéticos caiu de 46 para 30.

“A rede de proteção a crianças e aos adolescentes aqui no Estado é ampla, funciona bem. Existem várias entidades tanto da sociedade civil, tanto estatais e na minha opinião funciona muito bem aqui em Mato Grosso do Sul. Temos bastante amparo”, destacou a delegada. Ela espera que as pessoas e vizinhos contribuam com as denúncias. (disk denúncia: 100).

Delegada Franciele Candoti, durante entrevista na DPCA (Foto: Henrique Kawaminami)
Delegada Franciele Candoti, durante entrevista na DPCA (Foto: Henrique Kawaminami)

Prevenção – Franciele destacou que a polícia civil faz um trabalho tanto na elucidação dos casos, como na prevenção e que as autoridades tem atuado para coibir os casos de crimes sexuais, agressões físicas, crimes cibernéticos, que segundo ela, cresceram nos últimos tempos.

Também reconheceu que os crimes de “estupros” ainda são aos mais chocantes para os policiais e sociedade. “É mais grave, é um crime que causa repugnância em qualquer indivíduo. Até nos sentimos um abalo no que diz respeito a esses crismes. Quando envolve criança nós ficamos mais chocados”.

Sobre o ECA, a delegada entende que foi uma “grande inovação”, já que antes a legislação estava defasada. “Apesar disso tudo, nós ainda temos que evoluir bastante nesse sentido, porque algumas faixas da população acaba não recebendo o benefício do Estado, não abrange totalmente”.

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