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Cidades

Sem vacina para bebês, repelente protege contra dengue por até 6h

Produto à base de icaridina ajuda, mas eliminar possíveis focos ainda é o mais eficaz

Por Kamila Alcântara | 21/03/2024 10:23
Repelente em spray ou creme deve ser à base de icaridina (Foto: Juca Varella/Agência Brasil)
Repelente em spray ou creme deve ser à base de icaridina (Foto: Juca Varella/Agência Brasil)

Em janeiro, bebê com 30 dias de vida morreu de dengue no município de Maracaju, a 159 km de Campo Grande, mas esse não foi um caso isolado. Em todo o Brasil, 44,2% das vítimas tinham menos de cinco anos, enquanto a faixa etária de cinco a nove anos representou 32,7% dos óbitos, de acordo com o Observatório de Saúde na Infância da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

As vacinas disponíveis no SUS (Sistema Único de Saúde) alcançam crianças de 10 a 14 anos, então os repelentes se tornaram uma alternativa de proteção. Os pais devem estar atentos aos rótulos, pois a idade mínima é dois meses de acordo com o médico pediatra da Unimed, Alberto Jorge Felix.

"Os repelentes que têm a denominação 'baby' são seguros e a maioria são à base de icaridina, que é um bom repelente recomendado contra o mosquito da dengue. Os pais devem estar bem atentos aos rótulos, porque nos repelentes estão a idade. A reaplicação, quando a criança está mais exposta, deve ser em  média a cada 6 horas", orienta o médico.

Mesmo com vacina e repelente, o médico infectologista da Fiocruz em Mato Grosso do Sul, Rivaldo Venâncio, reforça que a medida mais eficaz de prevenção à proliferação do Aedes aegypti é o cuidado com o básico, é eliminando os possíveis criadouros.

"Uma criança se mexe, alguma área pode ficar sem aplicação do produto ou vencer o período de eficácia. Por isso, as pessoas precisam entender que a dengue se combate com o cuidado do quintal, eliminando os criadouros. Os números voltaram a crescer, precisamos ficar atentos", destaca Rivaldo.

O Observa Infância avaliou os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde das primeiras 10 semanas epidemiológicas de 2024, até 9 de março. Os resultados foram divulgados na última terça-feira (19).

De acordo com o último boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), o Estado havia registrado 7,4 mil casos prováveis de dengue este ano, com oito óbitos em investigação e quatro confirmados.

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