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Cidades

Vacinação de professores traz esperança, mas não tira incerteza sobre ano letivo

Necessidade de vacinação completa em todo o estado ainda são entraves para o retorno imediato das aulas

Jhefferson Gamarra | 29/04/2021 18:30
Escola da capital fechada devido a pandemia da covid-19 (Foto: Marcos Maluf)
Escola da capital fechada devido a pandemia da covid-19 (Foto: Marcos Maluf)

Anunciada nesta quinta-feira (29), o início da vacinação de professores de Campo Grande, contra a covid-19, a partir da próxima sexta-feira, é vista como esperança, mas não altera o cenário de precaução sobre o retorno às aulas em 2021.

A preparação para o ano letivo presencial ainda deixa dúvidas, principalmente sobre o quantitativo de doses e a logística empregada na vacinação, que pode não garantir a imunização célere para todos os trabalhadores da comunidade escolar em todo o Estado.

De acordo com presidente da Federação dos Trabalhadores da Educação em Mato Grosso do Sul, Jaime Teixeira, o inicio da vacinação apenas em Campo Grande, não garante o retorno às aulas presenciais.

"Temos que ver com o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, como vai ser essa vacinação, porque não adianta vacinar apenas professores de Campo Grande e deixar o interior sem, tem que saber também se as doses serão suficientes, até porque existem outros trabalhadores da educação para vacinar, mas já é um começo ainda que tardio", argumentou o presidente dizendo ainda que "o governo federal desde o início vem atrasando todo o plano de vacinação".

Ainda sem muitas informações de como será feita a imunização, o presidente Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública, Lucílio Nobre, vê o início da vacinação como uma esperança, mas afirma que o retorno imediato às aulas ainda precisa ser discutido, pois entre o setor público e privado, existem mais de 20 mil trabalhadores para ser vacinados.

"Essa notícia traz uma esperança para os professores e para o retorno as aulas. Sabemos que por mais que o professor esteja se esforçado para continuar dando as aulas de forma remota, não é a mesma coisa que o professor dentro da sala de aula. O retorno presencial ainda precisa ser discutido, pois só em Campo Grande são mais de 20 mil profissionais na área de educação. Temos que levar em conta também que são necessárias duas doses para a imunização completa, o que levaria tempo", disse.

Novo público - A nova remessa de Oxford/AstraZeneca, que chegou nesta quinta-feira (29), em Campo Grande, garante a ampliação do calendário de vacinação na Capital. A partir de amanhã, professores e todos os profissionais da Educação com 58 anos completos poderão recorrer a um dos pontos de imunização da cidade. Tanto para rede pública, quanto particular. Também entram nessa etapa servidores da assistência social e pessoas com várias comorbidades, inclusive, diabéticos.

Os locais onde serão aplicadas as vacinas ainda estão sendo definidos, mas a princípio as pessoas que pertencem aos grupos contemplados podem procurar os drive-thrus, Guanandizão e as unidades as 29 unidades de saúde abertas para imunização.

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