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Cidades

Abusos no trânsito marcam prova para concurso da Agetran

Redação | 11/04/2010 07:47

Trafegar pela contramão, estacionar em frente a garagens e em cima de calçada foram algumas das infrações de trânsito cometidas por candidatos a agentes de fiscalização da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), que realizam a prova nesta manhã na escola municipal Professor Arassuay Gomes de Castro, bairro Manoel da Costa Lima. Apesar das irregularidades, não havia nenhum tipo de fiscalização no local.

Pela rua São Vicente de Paula, que foi transformada em mão única há cerca de seis meses, vários veículos estavam estacionados na contramão. O Tempra preto de placas HRF-6669 e o Celta prata de placas HSX-6510, por exemplo, foram deixados bem em frente à escola, em sentido proibido.

Na esquina, sem respeitar o espaço de cinco metros necessários para estacionar, o Uno vermelho de placas HCJ-2701 também estava na contramão. Pelo menos oito motocicletas estacionaram na parte rebaixada do colégio.

A Honda CG Titan HRK-4218 estava em frente a uma garagem. Já a Honda Fan BPS-3119, de São Caetano do Sul, foi deixada em cima de uma calçada.

O desrespeito chamou a atenção até de fiscais que realizavam a prova. No local, cujos portões foram abertos às 7h30 e fechados às 8h, 420 candidatos estavam lotados para realizarem a prova.

Os últimos chegaram correndo para conseguir entrar antes dos portões fecharem. O analista de crédito Anderson de Ávila, de 28 anos, foi um destes. "Ontem foi sábado, deu uma saidinha e atrasei", confessa.

Pelo menos três ficaram para fora. Primeiro a ser impedido de entrar, por 30 segundos, o publicitário Alexandre Ortiz, de 26 anos, reclamou que do endereço da escola. "Eu estou desde as 7h procurando o colégio", diz.

"Esse é o terceiro concurso que eu perco", reclamava do lado de fora uma candidata de 27 anos que pediu para não ser identificada. Ela alega que perdeu tempo porque ao descobrir que a rua agora é mão única teve que fazer um retorno distante, por acreditar que o local estaria cheio de fiscais por se tratar de prova da Agetran.

Com o atraso e sem poder fazer a prova, ela diz que deveria é ter invadido a contramão para chegar a tempo.

Esperança - A dona-de-casa Edna de Andrade Souza, de 41 anos, veio de Mirandópolis, no interior de São Paulo, para acompanhar o marido que faz a prova.

Ela conta que soube do concurso pelo filho, de 21 anos, que mora em Campo Grande, e o marido, Airton dos Santos Souza, de 45 anos, que trabalha em uma usina no interior de SP, decidiu tentar. "A gente quer estar junto do filho, mas sem emprego não dá para arriscar", explica.

Prova - O tempo para realização da prova vai até 12h30. O caderno de respostas será liberado apenas a partir das 10h15.

"A parte mais difícil é a da legislação de trânsito", arrisca o funcionário público estadual Alexsander Franco Lima, de 32 anos. Concursado do Estado há oito anos, ele diz que há tempos estuda português e matemática para prestar outros concursos, em busca de um salário melhor.

Para Lima, o tempo de preparo para a prova da Agetran, de cerca de 30 dias, foi pequeno, o que deixa em desvantagem os candidatos que começaram a estudar apenas depois de fazer a inscrição.

O concurso teve 4,6 mil inscritos e é realizado em escolas da Reme (Rede Municipal de Ensino) e na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

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