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Cidades

Advogado alega doença e júri do Caso Veron é adiado

Redação | 12/04/2010 12:52

Foi adiado hoje o julgamento dos três acusados pela morte do cacique guarani-caiuá Marcos Veron, morto em janeiro de 2003, no município de Juti, em Mato Grosso do Sul. O adiamento ocorreu porque um dos defensores dos acusados, o advogado Josephino Ujacow, apresentou atestado de que está em tratamento psicoterápico, pelo período de 20 dias.

Diante disso, a juíza que presidia a sessão, Paula Avelino, determinou o adiamento do júri para o dia 3 de maio, mesmo havendo outros advogados da defesa presentes.

A magistrada, porém, alertou: se na nova data algum dos advogados faltar, a defesa será assumida por defensores públicos da união, para garantir a realização do júri, esperado há sete anos.

Seriam levados a julgamento três dos quatros seguranças acusados pela autoria do crime: Estevão Romero, Carlos Roberto dos Santos e Jorge Cristaldo Insabralde. O outro segurança envolvido, Nivaldo Alves de Oliveira, está foragido.

Ao todo, 24 pessoas foram denunciadas pelo crime, mas a Justiça aceitou a denúncia somente contra os quatro. A previsão é de o julgamento durar uma até uma semana, e foi feita com base no número de réus e testemunhas, cerca de 20 pessoas.

Os seguranças levados a júri são acusados de homicídio, tentativa de homicídio, sequestro e cárcere privado, fraude processual, formação de quadrilha e constrangimento ilegal.

Caso polêmico - O julgamento foi transferido de Mato Grosso do Sul para São Paulo, sob a alegação de que não haveria isenção suficiente para o julgamento dos acusados em Dourados, como ressaltou o procurador da República Marco Antônio Delfino de Almeida.

No pedido de transferência, o MPF justificou que um dos motivos é o poder econômico do proprietário da fazenda onde Veron foi morto, Jacinto Honório da Silva Filho.

Terra - A morte de Veron foi resultado de disputa pela terra indígena Takuara, na fazenda Brasília do Sul, segundo a peça acusatória do MPF. Nos dias 12 e 13 de janeiro de 2003, quatro homens armados atacaram índios guarani que ocuparam a área.

"Armados com pistolas, eles ameaçaram, espancaram e atiraram nas lideranças indígenas. Veron, à época com 72 anos, foi encaminhado ao hospital com traumatismo craniano, onde faleceu", detalha o MPF.

O corpo do cacique foi enterrado na própria área ocupada, graças a uma decisão da Justiça Federal.

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