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Cidades

Agetran reduz vagas de estacionamento por fluxo melhor

Redação | 13/05/2009 17:08

A Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) decidiu proibir estacionamento em diversas vias públicas de Campo Grande para dar maior fluidez ao tráfego de veículos.

A intervenção mais drástica vai acontecer na Rua Ceará. O órgão prepara a pintura do meio fio de amarelo nos dois lados de toda a extensão da via, entre as avenidas Eduardo Elias Zahran e Cônsul Assaf Trad, respectivamente, as saídas para Três Lagoas e Cuiabá. A informação é do diretor-presidente do órgão, Rudel Espíndola Trindade Júnior.

Sobre a medida, ele explicou que o estacionamento será proibido para, principalmente, dar melhor fluidez aos veículos do transporte coletivo. Em alguns trechos, os ônibus articulados enfrentam dificuldades para parar nos pontos.

A primeira intervenção com este objetivo aconteceu na Avenida Afonso Pena, entre a Rua 14 de Julho e a Avenida Calógeras, no sentido shopping-aeroporto.

Também na Avenida Afonso Pena, será proibido estacionar em frente ao Shopping Campo Grande, local usado pelos motoristas para escapar da cobrança de R$ 3,50 cobrada pelo empreendimento comercial.

Na Avenida Ceará, segundo Rudel Trindade, o programa será executado com cautela e não deve atrapalhar o comércio. Na maior parte da via, existe recuo para o estacionamento de veículos. Nesta via, a Agetran pretende também reduzir o número de acidentes de trânsito.

Também será pintado de amarelo o meio fio da Avenida Mato Grosso, nos dois sentidos, entre a rotatória da Via Parque (Avenida Nelly Martins) e a sede da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul). O órgão prepara, ainda, a substituição da rotatória por um semáforo.

Como o projeto prevê pintura de meio fio e instalação de placas, o diretor-presidente da Agetran informou que o gasto será mínimo.

Mudanças - Apesar de acreditar que a medida de proibir estacionamento em determinados locais do centro de Campo Grande deverá melhorar o trânsito, os motoristas reclamam que não há vagas suficientes na área.

Na avenida Afonso Pena, entre a 14 de Julho e a Calógeras, o meio-fio já foi pintado de amarelo. Mas, nem todos os motoristas entenderam o recado. "Não pode mais estacionar?" pergunta o analista de sistemas Fábio Rodrigues, de 26 anos.

Depois de entender a mudança, ele aprova a medida e confessa que nunca deixava seu veículo estacionado na rua, no local que agora é proibido. "A chance de alguém bater no carro é bem menor aqui no estacionamento lateral", afirma.

Já a motorista particular Carla Mendes, de 18 anos, reclama que com a retirada das vagas ela ficou sem lugar para deixar o carro. "Eu acho ruim porque tem poucas vagas para estacionar aqui no centro", diz.

A reclamação é a mesma do motociclista Juarez Augusto dos Santos, de 29 anos. "Não tem mais onde estacionar. Mudou para pior", diz. Parado no local proibido, ele reclama que foi buscar um passageiro, mas não tem onde esperar. "Está demorando até demais, porque eu não podia estar aqui", justifica.

Para o trecho da Avenida Mato Grosso próximo à Via Parque, a motorista Andréa Conceição da Silva, de 37 anos, acredita que a proibição de estacionamento na rua seja válida.

Mas, ressalta que aprova a medida apenas nos horários de pico, para melhorar o fluxo de veículos. "Porque aqui é muito difícil encontrar estacionamento", explica.

No trecho da Avenida Afonso Pena, entre a Furnas e a Ceará, o estacionamento já é proibido há algum tempo. Mesmo assim, os motoristas que tem que resolver 'assuntos rápidos' no shopping, como ocorre com o tecnólogo Jean Carlos Ibanhes, de 39 anos, costumam parar no local.

Se com a proibição de estacionar em outras áreas do centro aumentar também a fiscalização no trecho em frente ao shopping, a solução será usar o estacionamento pago do local. "Aí vai dificultar a vida do motorista", afirma Jean.

Para ele, a área deveria ser liberada para que os motoristas não tenham que pagar a taxa de R$ 3,50 pelo estacionamento do shopping somente para pagar contas nas lojas, por exemplo.

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