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Cidades

Após prisões relâmpagos, operação bate recorde com Giroto e Amorim

Lama Asfáltica é a maior ação que investiga corrupção em Mato Grosso do Sul

Aline dos Santos | 21/06/2018 12:11
Giroto foi preso pela primeira vez em 2016 na operação que investiga corrupção. (Foto: Alcides Neto)
Giroto foi preso pela primeira vez em 2016 na operação que investiga corrupção. (Foto: Alcides Neto)

A operação Lama Asfáltica, maior ação que investiga corrupção em Mato Grosso do Sul, chega nesta quinta-feira (dia 21) a um recorde. São 43 dias de prisão para oito investigados, incluindo o ex-deputado federal Edson Giroto (PR) e o empresário João Amorim, dono da Proteco Construções Ltda.

Até então, o maior tempo de ambos atrás das grades foi registrado entre 10 de maio, quando foi deflagrada a fase Fazendas de Lama, aos primeiros minutos de 22 de junho de 2016.

Realizada desde 2015 - numa força tarefa entre PF (Polícia Federal), CGU (Controladoria Geral da União) e Receita Federal – a operação teve cinco fases, sendo duas com prisões relâmpagos.

Na primeira, em 9 de julho de 2015, não houve prisões pela operação, mas por um flagrante de arma com o empresário João Amorim solto após pagar fiança.

Na etapa Fazendas de Lama, realizada em 10 de maio de 2016, o tempo de prisão foi de 42 dias para Amorim, Giroto, o servidor estadual Wilson Roberto Mariano de Oliveira e o empresário Flávio Henrique Scrocchio (cunhado de Giroto). Quatro mulheres - Elza Cristina Araújo dos Santos, Raquel Rosana Giroto, Mariane Mariano de Oliveira e Ana Paula Amorim – cumpriram o mesmo período em prisão domiciliar.

Com nome de Aviões de Lama, a terceira fase foi realizada em julho de 2016. Com prisões cumpridas no dia 7 e ordem para soltura já na data seguinte. Nesta etapa, os alvos foram Giroto, Amorim e Flávio.

Na quarta etapa, em 11 de maio do ano passado, a “Máquinas de Lama” resultou nas prisões de quatro pessoas. Jodascil da Silva Lopes, pecuarista e empresário, foi solto no dia 19 de maio, o ex-secretário-adjunto de Estado de Fazenda, André Luiz Cance, ganhou a liberdade cinco dias depois da operação.

Já Mirched Jafar Júnior passou sete dias na prisão. Preso em flagrante com munição no dia 11 de maio, Rodolfo Pinheiro Holsback foi solto horas depois, após pagar fiança de R$ 4,6 mil.

A quinta fase foi a Papiro de Lamas, realizada em 14 de novembro e com mais prisões relâmpagos. O ex-governador André Puccinelli (MDB) e o filho André Puccinelli Junior ficaram presos por 40 horas.

Reviravolta - Neste ano, por decisões do STF (Supremo Tribunal Federal), os oito alvos da fase Fazendas de Lama foram presos duas vezes.

Primeiro, no mês de março, o Supremo derrubou a liminar que mantinha Giroto, Amorim, Elza , Flávio, Raquel, Ana Paula, Beto Mariano e Mariane Mariano de Oliveira em liberdade. Mas dias depois, o TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) mandou soltar todos.

Em 8 de maio, os homens voltaram para a cela 17 do Centro de Triagem, enquanto as mulheres cumprem prisão domiciliar. A defesa aguarda julgamento de recurso no Supremo.

As denúncias na Justiça tramitam desde 2016, mas com sistemático pedido de documentos pelas defesas, os processos não caminham para desfecho.

Em reviravolta da Justiça, quatro alvos da Lama Asfáltica estão presos no Centro de Triagem desde 8 de maio. (Foto: Direto das Ruas)
Em reviravolta da Justiça, quatro alvos da Lama Asfáltica estão presos no Centro de Triagem desde 8 de maio. (Foto: Direto das Ruas)
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