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Capital

Dono de boate é preso por matar e atear fogo em corpo de mulher

Vinícius Squinelo | 01/10/2013 23:16

O delegado Fábio Sampaio, da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, concluiu nesta terça-feira (1º) as investigações que apuravam o assassinato de Viviane Rodrigues de Matos, 31 anos, e prendeu dois homens que teriam cometido o crime. O corpo da garota de programa foi encontrado em chamas no dia 6 de setembro, na rua Cruz da Malta, na região da Chácara dos Poderes, em Campo Grande.

Segundo Sampaio, o proprietário da boate Paraíso, localizada no Jardim Colúmbia, onde Viviane trabalhava, Fernando Augusto dos Reis Guimarães, 24 anos, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, está preso e confessou que junto com José Carlos da Silva, 26 anos, mais conhecido como “Beto”, que também está preso, matou Viviane degolada e ateou fogo no corpo.

Os dois serão apresentados nesta quarta-feira (2), durante uma entrevista coletiva marcada para às 10h da manhã, na 3ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande. Haverá também a reconstituição do crime, que será iniciada às 2h da tarde, na rua Maicuru, 167 no Jardim Colúmbia, e será realizada pela equipe do perito criminal Amílcar da Serra Silva Neto.

De acordo com o delegado, o acusado Fernando relatou a dinâmica do crime com riqueza de detalhes. "Segundo ele, na noite de quinta-feira haviam muitas pessoas na boate e todos ingeriram grande quantidade de bebidas alcoólicas. Em dado momento a vítima teria subido no caixa da boate para dançar, tendo desobedecido a ordem de descida dada pelo dono da boate”, explica o delegado.

Descontente com a atitude de Viviane que teria quebrado duas garrafas de champanhe, Fernando combinou com “Beto” de dar uma surra nela, quando todos fossem embora. O dono da boate disse durante interrogatório que por volta de 3 horas da manhã de sexta-feira ele pagou a comissão de Viviane que foi dormir, em um dos quartos da boate.

“Foi aí que a execução do crime começou. O Fernando e o Beto entraram no quarto da Viviane e deram uma porretada na cabeça dela, que ficou desacordada e começou a sangrar. Os dois colocaram a vítima em um Corsa, cor branca e levaram até o local onde foi encontrado”, relata Sampaio.

Segundo o delegado, no Jardim Veraneio, na região da Chácara dos Poderes, os acusados para ter certeza que Viviane não sobreviveria, degolaram a vítima e atearam fogo no corpo. Beto ficou responsável por desaparecer com a bolsa de Viviane e a faca utilizada no crime.

Hoje os acusados levaram os policiais civis em um matagal próximo ao Jardim Veraneio e apontaram o local onde a faca e a bolsa da vítima foram jogados. “Tivemos sorte, encontramos e apreendemos tudo”, comemora o delegado.

Mais provas - Outras provas como os vestígios de sangue encontrados no quarto da boate e no Carro em que o Viviane foi transportada foram fundamentais para que o delegado representasse pela prisão preventiva dos acusados.

“O carro foi vendido para terceiros, mas nós conseguimos apreender e por sorte ainda não tinha sido lavado e tem visíveis marcas de sangue”, diz Sampaio que ainda solicitou exame com luminol que constatou a existência de vestígios de sangue também no quarto da boate.

Todos os detalhes da investigação serão repassados nesta quarta-feira (02) para a imprensa, durante entrevista coletiva que será realizada às 10 horas da manhã na 3ª Delegacia de Polícia Civil, na Avenida Hiroshima, n.º 1695 – Carandá Bosque II, em Campo Grande. Na oportunidade serão apresentados também os acusados do crime.

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