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Capital

“Acabou a droga, acabou o amor", diz ex de gestante encontrada morta

Josiane Martins da Silva, de 29 anos, morreu depois de passar o dia todo bebendo álcool e consumindo drogas, segundo testemunhas

Adriano Fernandes e Marcos Rivany | 07/01/2021 19:19
Peritos e investigadores no local onde o corpo foi encontrado. (Foto: Marcos Rivany)
Peritos e investigadores no local onde o corpo foi encontrado. (Foto: Marcos Rivany)

Foi identificada como Josiane Martins da Silva, de 29 anos, a gestante encontrada morta, na tarde desta quinta-feira (7) em um prédio abandonado na Rua Iporã, na Vila Jacy, em Campo Grande. A mulher era conhecida como Rose, mas seu nome e idade verdadeiros, constam na identidade encontrada com a vítima. A suspeita da Polícia Civil é de que Josiane tenha morrido de overdose.

Ela teria passado o dia consumindo bebidas alcoólicas com outras duas pessoas, usuárias de drogas no prédio abandonado em um terreno que pertence a igreja evangélica “Cristã dos Aliançados”.

Momento em que o corpo da vítima foi colocado em carro da pax para ser levado ao IML. (Foto: Marcos Rivany)
Momento em que o corpo da vítima foi colocado em carro da pax para ser levado ao IML. (Foto: Marcos Rivany)

Ernildo Veiga Martins, ex-namorado da vítima, ficou sabendo da morte da mulher ao chegar no local , nesta tarde. Segundo ele, Josiane também era usuária de drogas e dizia que ele era o pai do filho dela, mas ele não acreditava.

“Ela me falou que o filho era meu. Ela insistia e eu falava que ia fazer o DNA, por que ela ficava com outros caras. Eu ficava com ela, mas ela era uma guria muito louca, estava comigo e com outros caras. Ela fazia os ‘corres’ dela”, disse.

Ernildo contou que conheceu a vítima há dois anos no Centro da Capital, mas atualmente os dois já não se relacionavam mais, justamente por conta do vício em drogas. Josiane também teria leucemia.

“Acabou a droga, acabou o amor. Nessa vida, ganha as outras pessoas quem tem mais droga”, comentou Ernildo ao confirmar que a vítima era usuária de drogas.

Ainda segundo o homem, Josiane seria Paraguaia e, supostamente, teria uma irmã que também mora na região central, mas com a qual ele não tinha contato. Os outros familiares da vítima moram em Ponta Porã. Atualmente Josiane estava morando na pousada Casa dos Artistas, no Bairro Amambai, ainda conforme Ernildo.

Faca encontrada com a vítima. (Foto: Marcos Rivany)
Faca encontrada com a vítima. (Foto: Marcos Rivany)

À reportagem, os dois homens que acompanhavam a mulher no momento em que ela passou mal, afirmaram que Josiane teria “esticado” o corpo sobre um sofá e em seguida morreu sentada, com a cabeça de lado e os olhos arregalados, situação que reforça a suspeita da polícia de que uma overdose tenha sido a causa da morte da mulher.

Josiane carregava uma faca de açougueiro na cintura. Um advogado da igreja que é dona do terreno onde o corpo foi encontrado também acompanhou o trabalho pericial, nesta tarde. De acordo com o delegado Fabrício Dias da 5ª DP (Delegacia de Polícia) o caso será registrado como morte a esclarecer.

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