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Capital

Advogada usa ‘história de vida triste’ como estratégia em favor de Gabriela

“Gabriela amava Jennifer, porque elas eram amigas de infância, tinham uma amizade maculada", disse a defensora

Luana Rodrigues e Amanda Bogo | 29/03/2017 18:12
Gabriela Antunes, durante depoimento e a advogada, Estella Bauermeister,  ao fundo. (Foto: André Bittar)
Gabriela Antunes, durante depoimento e a advogada, Estella Bauermeister, ao fundo. (Foto: André Bittar)
Gabriela chorando ao contar própria versão em júri. (Foto: André Bittar)
Gabriela chorando ao contar própria versão em júri. (Foto: André Bittar)

A vida sofrida no interior, surras dadas pelo padrasto na infância e a falta de afeto da mãe, foram algumas das estratégias da defesa de Gabriela Santos Antunes, 21, para conseguir a absolvição da acusada durante júri nesta quarta-feira (29). A cabeleireira responde pela morte de Jennifer Nayara Guilhermete de Moraes, 22 anos, executada no dia 15 de janeiro de 2016.

“Gabriela morou sozinha no interior até vir pra Campo Grande e morar com a mãe, que era negligente e encobria o padrasto, que dava surras nela. Ela teve uma vida desgraçada e infeliz”, disse a advogada, Estella Bauermeister Oliveira.

Além da infância triste da réu, a advogada lembrou que ela era amiga da vítima e chegou a dizer que“Gabriela amava Jennifer, porque elas eram amigas de infância, tinha uma amizade maculada", afirmou.

Ao pedir aos jurados que a acusada tenha uma ‘sentença realmente justa’, a advogada ainda completou afirmando que, "foi um infortúnio Gabriela conhecer o Alisson, pivô de tudo. Foi o primeiro homem é único dá vida dela, e tinha o sonho de ter um lar e uma família", argumentou.

Do plenário, a mãe de Jennifer, Lucimar Vieira Guilhermete, 40 anos, acompanhou todo o julgamento, aparentemente, com tranquilidade. Mas não hesitou em pedir justiça assim que o juiz solicitou a saída de todos para que os jurados iniciassem a votação da sentença.

"Tenho esperanças que as duas paguem pelo que fizeram, porque foi um crime bárbaro e cruel. Não só por mim, mas pelo meu neto, que pergunta muito pela mãe e que vai crescer sem o abraço e aconchego”, lamentou.

Gabriela e a comparsa Emilly Karoliny Leite, 21 anos, estão sendo julgadas desde a manhã desta quarta-feira (29). Até o fechamento deste texto, jurados votavam a sentença das duas a portas fechadas. Não há previsão para o horário do término do julgamento.

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