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Capital

Além de Laika e Mali, “detector de cadáveres” ajudará nas buscas em mata

Perito inventor do equipamento está a caminho de área no Santo Eugênio onde foram encontrados restos mortais

Anahi Zurutuza e Ana Paula Chuva | 05/07/2021 15:39
Restos mortais e peças de roupas foram encaminhados para perícia (Foto: Marcos Maluf)
Restos mortais e peças de roupas foram encaminhados para perícia (Foto: Marcos Maluf)

Além das buscas guiadas pelas farejadoras premiadas Laika e Mali, a varredura em brejo no Bairro Santo Eugênio supostamente usado como cemitério clandestino para desova de corpos de vítimas de tribunais do crime também contará com a ajuda de “detector de cadáveres”. Segundo o delegado Carlos Delano, titular da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio) e responsável pelas investigações, perito inventor do equipamento ofereceu ajuda e está a caminho.

O servidor, explicou o delegado, criou o aparelho em projeto de mestrado. O “detector” foi usado em 2016, quando a Capital conheceu o cemitério do “Nando”, como era conhecido Luiz Alves Martins Filho, serial killer que agia na região do Bairro Danúbio Azul, na outra ponta da Capital.

“Estamos trabalhando hoje com os cachorros e deve haver mais diligências sim, com outros métodos pra tentar encontrar mais restos mortais sob o solo”, explicou.

Delegado Carlos Delano conduz os trabalhos (Foto: Marcos Maluf)
Delegado Carlos Delano conduz os trabalhos (Foto: Marcos Maluf)

Para não atrapalhar as investigações, o delegado afirma que não pode dizer como surgiu a suspeita de que o local é usado como cemitério clandestino, mas informou que o trabalho investigativo começou no fim de semana e tem apoio do GOI (Grupo de Operações e Investigações).

Restos mortais de uma pessoa já foram colhidos no local e levados para perícia no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). Segundo o delegado, ainda não é possível dizer se era um homem ou vítima do sexo feminino, mas o esqueleto humano estava quase completo. Também foram encontrados pedaços de roupas, calçado e um pedaço de borracha, que pode ter sido usado para amarrar a pessoa, possivelmente vítima de tribunal do crime, conforme as investigações.

Vasculhando a área próxima ao Córrego Bálsamo, peritos também encontraram osso que parece não se da mesma pessoa. “Com informações e em trabalho conjunto com GOI, sabíamos da possibilidade de um local em que haveria restos mortais aqui nessa região e hoje confirmamos esse seria o lugar para desova de cadáveres de vítimas de facção criminosa”, afirmou Delano.

Cães farejadores na chegada para auxílio nas buscas (Foto: Marcos Maluf)
Cães farejadores na chegada para auxílio nas buscas (Foto: Marcos Maluf)


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