Alunos com deficiência ganham cadeiras de rodas "personalizadas"
Ao todo, foram entregues 26 equipamentos adaptados à cada deficiência de crianças das Ceinfs.
Para marcar a semana da Luta das Pessoas com Deficiência, 26 cadeiras de rodas foram entregues a estudantes da Reme (Rede Municipal de Ensino) nesta sexta-feira (22), em Campo Grande. Fruto de uma parceria da prefeitura com a Apae (Associação dos Pais e Amigos de Excepcionais), os equipamentos irão atender aos alunos até o 9º ano do Ensino Fundamental dos Ceinfs (Centros de Educação Infantil).
O evento, realizado nesta manhã (22), no auditório da Apae, reuniu autoridades, professores e crianças com deficiência e familiares.
Adquiridas com recursos do Ministério da Saúde, as cadeiras foram adaptadas a cada tipo de necessidade dos alunos a partir de um trabalho multidisciplinar realizado por técnicos da DEE (Divisão de Educação Especial), ligada à Semed (Secretaria Municipal de Educação).
“São avaliações que acontecem periodicamente em cada sala de aula. Além de suporte no encaminhamento para atendimentos clínicos, os técnicos fazem levantamento de demandas como cadeiras de rodas, próteses, orteses, mobiliário escolar, e tiram as medições, com base na altura e peso dos alunos, para que o material sejam personalizado”, explica a chefe da DEE, Lizabete Coutinho de Lucca.
Desde março, 40% dos alunos da educação especial já foram atendidos através do projeto de acessibilidade e inclusão desenvolvido pela prefeitura. Na Reme, 1.405 estudantes apresentam deficiência intelectual, física, auditiva e deficiências múltiplas.
Em 2017, já foram providenciadas 82 cadeiras de rodas, com entrega de 62. Outras 20 estão em processo de aquisição. Os recursos somam R$ 30,5 mil, com custo médio de R$ 1,2 mil cada equipamento.
Uma dessas cadeiras foi entregue à Mayara Souza Cabral, 8 anos, diagnosticada com paralisia cerebral.
“Essa cadeira personalizada representa autonomia e qualidade de vida para a Mayara. Pode favorecer a interação dela com os outros alunos e contribuir para a evolução de seus tratamentos”, acredita a professora Divonete Oliveira de Alcântara, 47, que acompanha diariamente Mayara em seus estudos no ensino fundamental na Escola Municipal Virgílio Alves de Campos, na Mata do Jacinto.
Para o prefeito Marquinhos Trad (PSD), o 21 de setembro - Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência - deveria ser celebrado todos os dias.
“Por que luta? Não deveria ter luta nenhuma. Os direitos das pessoas com deficiência no Brasil deveriam ser obrigação de todos os governos e instituições. E um empenho não somente para as pessoas com necessidades especiais, mas também para toda a família", enfatizou.
