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Capital

Após matar idoso, homem se apresenta e nega que aluguel tenha motivado o crime

Luciana Brazil e Paula Maciulevicius | 14/11/2012 13:20
Rochael se entrega e confessa crime. (Fotos:Minamar Júnior)
Rochael se entrega e confessa crime. (Fotos:Minamar Júnior)

Acompanhado por advogados, Rochael Soares de Deus, 52 anos, se apresentou na manhã desta quarta-feira (14) na 6° DP (Delegacia de Polícia), em Campo Grande, três dias após ter matado o idoso José Amaro da Silva, 63 anos, no bairro Tijuca, na Capital.

O crime aconteceu no último domingo (11), depois de suposta discussão por causa do aluguel atrasado. José foi esfaqueado quando cobrou o arrendamento do inquilino. Ele chegou a pedir socorro, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Rochael foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por não ter dado chance de defesa à vítima.

Ele confessou o crime na manhã de hoje, mas negou que a briga tenha começado por causa do aluguel. Segundo o delegado Valmir Moura Fé, Rochael contou outra versão para o assassinato.

A briga, segundo ele, teria iniciado depois que a filha de 14 anos contou que a irmã mais nova teria apanhado de José Amaro.

Rochael indagou a vítima, que negou ter batido na criança. Com a discussão, Rochael afirmou que José teria batido nas costas dele com um pedaço de pau, dando vários golpes.

Para se defender, ele pegou uma faca que estava próxima, mas disse que deu apenas um golpe e tudo foi muito rápido.

Em depoimento, a filha de José Amaro afirmou que o pai dizia constantemente que enfrentava problema com os inquilinos que atrasavam o aluguel, inclusive com Rochael. A locação era de R$450.

A polícia já havia pedido a prisão preventiva de Rochael na segunda-feira, mas a justiça ainda não decretou o pedido.

Faca usada no crime, foi apreendida no dia do assassinato.
Faca usada no crime, foi apreendida no dia do assassinato.

Após o crime, Rochael fugiu para a casa de parentes, mas disse que já tinha intenção de se apresentar. Os envolvidos mantinham uma amizade distante, e o crime foi por impulso, segundo Rochael.

No dia do crime, ele se mudou do imóvel, onde morava com os seis filhos e a esposa.

A polícia ainda apura os laudos do assassinato, já que há informações de que a vítima estaria sentada, o que vai contra o depoimento de Rochael. Moura Fé aguarda o laudo para avaliar o caso.

Três testemunhas já foram ouvidas e mais pessoas ainda prestarão depoimento.

Segundo o delegado, em Mato Grosso do Sul Rochael não tem passagem pela polícia, mas ainda será investigado se na Bahia, onde ele morava, há registros.

O delegado afirmou também que apenas a faca suja de sangue foi apreendida no local. Sobre o pedaço de pau, o delegado disse que nada foi encontrado.

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