Após reconstituição, delegado acredita que mãe e filho planejaram assassinato
A Polícia Civil realizou nessa manhã a reconstituição do assassinato de Alenilton Marcos Miranda da Costa, 30 anos, ocorrido no dia 26 de junho do ano passado. Os autores são mãe e filho: Dilma Gonçalves da Silva, 43 anos, e Robson Gonçalves da Silva Souza, 26 anos. Eles alegavam ter assassinado Alenilton em legitima defesa, mas o delegado afirmou após a constituição que não acredita nessa hipótese.
“A vitima foi pega de surpresa e não teve como se defender. Para a investigação, a arma estava com o autor. Desde o começo não acreditei na versão dos autores e durante a reconstituição houve muita contradição em relação ao primeiro depoimento deles”, avaliou o delegado Weber Luciano Medeiros.
Ele aponta que foram seis tiros disparados e quatro acertaram a vítima. Na versão dos autores, houve luta corporal antes e durante os disparos, mas o delegado afirma que não tinha como Alenilton estar segurando a arma no momento em que foi alvejado.
“Pela trajetória das balas, é impossível que tenha acontecido luta corporal durante os disparos”, diz.
Reconstituição – Na versão dos autores, Dilma, que morava junto com a vítima, conta que Alenilton chegou em casa buzinando e pedindo mais dinheiro, além de estar drogado. A mulher disse que viu sua bolsa dentro do carro e foi pegar, mas nesse momento levou um tapa no rosto e começou a ser agredida.
Ela diz que pegou uma espécie de espeto que segurava o portão da casa e foi para cima do marido. Durante a briga, o filho, Robson, chegou e Alenilton teria tentado atropelá-lo. O rapaz usa muletas e caiu no chão.
Dilma diz que viu a arma na cintura do marido e foi para cima dele tentar pegar o revólver. Robson foi ajudar a mãe e durante a disputa pela arma com Alenilton diz que conseguiu virar o revólver na direção da vítima e atirou em legítima defesa.
Em seguida, o rapaz disse para a mãe que se ela o amasse era para tirá-lo do local. Dilma, Robson e uma filha mais nova fugiram do local no carro da vítima depois de deixar o corpo no chão.
Sustentando a versão dos autores, o advogado disse que irá alegar legítima defesa e que tem provas de que Dilma era vítima constante de agressões, sendo assim, vai pedir a absolvição sumária dos dois.
A reconstituição vai ser encaminhada para o judiciário junto com os autos do inquérito policial. Segundo o delegado, os dois autores vão a júri popular, mas por enquanto respondem em liberdade por homicídio doloso.