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Capital

Após reconstituição, delegado acredita que mãe e filho planejaram assassinato

Paula Vitorino e Mariana Lopes | 07/02/2013 12:59
Simulação da disputa pela arma entre envolvidos. (Fotos: Luciano Muta)
Simulação da disputa pela arma entre envolvidos. (Fotos: Luciano Muta)
Robson diz que conseguiu atirar em legítima defesa.
Robson diz que conseguiu atirar em legítima defesa.

A Polícia Civil realizou nessa manhã a reconstituição do assassinato de Alenilton Marcos Miranda da Costa, 30 anos, ocorrido no dia 26 de junho do ano passado. Os autores são mãe e filho: Dilma Gonçalves da Silva, 43 anos, e Robson Gonçalves da Silva Souza, 26 anos. Eles alegavam ter assassinado Alenilton em legitima defesa, mas o delegado afirmou após a constituição que não acredita nessa hipótese.

“A vitima foi pega de surpresa e não teve como se defender. Para a investigação, a arma estava com o autor. Desde o começo não acreditei na versão dos autores e durante a reconstituição houve muita contradição em relação ao primeiro depoimento deles”, avaliou o delegado Weber Luciano Medeiros.

Ele aponta que foram seis tiros disparados e quatro acertaram a vítima. Na versão dos autores, houve luta corporal antes e durante os disparos, mas o delegado afirma que não tinha como Alenilton estar segurando a arma no momento em que foi alvejado.

“Pela trajetória das balas, é impossível que tenha acontecido luta corporal durante os disparos”, diz.

Reconstituição – Na versão dos autores, Dilma, que morava junto com a vítima, conta que Alenilton chegou em casa buzinando e pedindo mais dinheiro, além de estar drogado. A mulher disse que viu sua bolsa dentro do carro e foi pegar, mas nesse momento levou um tapa no rosto e começou a ser agredida.

Ela diz que pegou uma espécie de espeto que segurava o portão da casa e foi para cima do marido. Durante a briga, o filho, Robson, chegou e Alenilton teria tentado atropelá-lo. O rapaz usa muletas e caiu no chão.

Dilma diz que viu a arma na cintura do marido e foi para cima dele tentar pegar o revólver. Robson foi ajudar a mãe e durante a disputa pela arma com Alenilton diz que conseguiu virar o revólver na direção da vítima e atirou em legítima defesa.

Em seguida, o rapaz disse para a mãe que se ela o amasse era para tirá-lo do local. Dilma, Robson e uma filha mais nova fugiram do local no carro da vítima depois de deixar o corpo no chão.

Sustentando a versão dos autores, o advogado disse que irá alegar legítima defesa e que tem provas de que Dilma era vítima constante de agressões, sendo assim, vai pedir a absolvição sumária dos dois.

A reconstituição vai ser encaminhada para o judiciário junto com os autos do inquérito policial. Segundo o delegado, os dois autores vão a júri popular, mas por enquanto respondem em liberdade por homicídio doloso.

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