Atrás de vacina, idosos lotam posto de saúde e espera chega a duas horas

A etapa da campanha de vacinação contra a gripe gerou fila em postos de saúde de Campo Grande, nesta terça-feira (2). No CRS (Centro Regional de Saúde) do bairro Tiradentes a busca foi grande e idosos tiveram que esperar duas horas para serem imunizados.

A campanha contra o vírus influenza foi ampliada e agora todos os grupos de risco estão sendo imunizados. Até o dia 26 de maio ser vacinados idosos, puérperas (mulheres com até 45 dias após o parto), crianças de seis meses a cinco anos, pessoas com comorbidades (necessário apresentação da prescrição médica), povos indígenas, integrantes do sistema prisional e professores do ensino regular.

A sala de vacinação abre às 7h, mas às 6h30 dona Olímpia Carvalho Silva, de 81 anos, já estava no posto de saúde esperando para ser imunizada. "Eu cheguei e já fiquei lá atrás, estava muito cheio. Tem que esperar, né", declarou.

Ela foi atendida 8h40 e aproveitou para tomar vacina contra tétano, que estava vencida no cartão de vacinação. Com a filha doente em casa, Olímpia esperava ser atendida mais rápido. "Esperava ser mais rápido, mas já aproveitei logo que vim e esperei", destacou.

Grávida de sete meses, Graciele Lima Cadete, de 28 anos, esperou a ampliação dos grupos de risco da campanha para tomar a vacina e levar os avós. O trio chegou 7h30 e até às 8h50 não haviam sido atendidos.

"Eu esperei porque já vem tudo de uma vez. Fiquei com medo de faltar igual ano passado que tive que ir em três postos de saúde e não tinha mais vacina", lembrou.

Com 82 anos, Miguel Peres Martins, avô de Graciele, disse que o difícil é ter que esperar em pé na fila e que cansa muito.

Sesau - De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) são 65 salas de vacinação em Campo Grande, sendo dois técnicos de enfermagem e um digitador em cada sala.

Em dez dias de campanha 16 mil pessoas foram imunizadas na Capital, até o fim da campanha 200 mil pessoas devem ser vacinadas. 

Segundo a coordenadora de vigilância epidemiológica do Município, Mariah Barros, houveram filas em praticamente todas as unidades da cidade.

"Em algumas delas, como na do bairro Coronel Antonino, aumentaram as salas de vacinas. Em vez de uma, agora tem duas", explicou.

Mariah ressaltou que o aumento já era esperado nas unidades de saúde e que a estratégia para evitar filas foi escalonar a imunização dos grupos de risco.

"Colocamos datas diferentes para os grupos de risco, mas agora todo mundo pode vacinar e gera mais fila. Não precisa se apavorar. Ainda temos mais quatro semanas, autorizamos a distribuição de senhas caso tenha muita demanda", destacou.

Na sexta-feira (5) deve será feito o balanço da semana, segundo a Sesau. 

*Matéria atualizada às 11h09 para acréscimo de informação por parte da Sesau.