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Capital

Bombeiros denunciam médica por não atender mulher em trabalho de parto

Bombeiros denunciaram médica por tentativa de aborto, após profissional recusar atendimento à gestante

Luana Rodrigues | 27/03/2017 15:45
Caso ocorreu na maternidade Cândido Mariano. (Foto: Arquivo)
Caso ocorreu na maternidade Cândido Mariano. (Foto: Arquivo)

A médica Cristiane Hiane de Oliveira, de 40 anos, foi denunciada por tentativa de aborto na manhã desta segunda-feira (27), por supostamente se recusar a atender uma gestante que estava em trabalho de parto, durante a madrugada deste domingo (26), na Maternidade Cândido Mariano, em Campo Grande. A denúncia foi feita por uma equipe do Corpo de Bombeiros, após o bebê nascer com complicações.

De acordo com informações do boletim de ocorrência registrado sobre o caso, bombeiros foram chamados para atender uma gestante de 25 anos, no oitavo mês de gravidez, em trabalho de parto.

A mulher então foi levada para a Maternidade Cândido Mariano. No entanto, chegando ao local, duas recepcionistas disseram que a gestante não seria atendida pela equipe médica, pois só havia duas plantonistas.

Conforme o registro, foi explicado as recepcionistas que se tratava de uma regulação feita pela Central de Vagas, e que o deslocamento foi realizado de um bairro muito distante. A recepcionista então entrou na maternidade e instantes depois voltou trazendo o recado da obstetra de plantão, Cristiane Hiane de Oliveira, de que a gestante não seria recebida.

Neste momento, ainda segundo o BO, a mulher teria pedido para ir ao banheiro, mas não foi autorizada a entrar na maternidade e precisou utilizar o banheiro público na área da recepção do hospital.

No banheiro, a gestante teria tido uma hemorragia intensa, não restando dúvidas de que estava em trabalho de parto. "Que novamente foi solicitado à recepcionista que chamasse a obstetra para que ao menos atendesse a guarnição de serviço e avaliasse a situação da gestante. No entanto, a recepcionista voltou dizendo que a vítima não seria recebida de forma alguma, reforçando que essa foi a resposta da obstetra", descreve o registro.

Após aguardar a resposta da médica e diante da negativa, a equipe então fez novo contato com a Central de Regulação, e foi orientada a levar a gestante para a Santa Casa. Já na entrada dos elevadores do hospital, o bebê teria começado a nascer.

A equipe então ‘correu’ com a gestante e conseguiu chegar ao terceiro andar, na sala de cirurgia, onde o parto foi finalizado, já sob os cuidados da equipe médica.

No boletim, a equipe dos Bombeiros explica ainda que, "embora a guarnição esteja totalmente capacitada para realizar partos normais de emergência, tem plena ciência de que parto realizado com toda a estrutura hospitalar e amparo das equipes médicas e de enfermagem, é consideravelmente mais seguro e saudável para mãe e o bebê, diminuindo os riscos de complicações e até mesmo morte."

Ainda segundo o registro, o bebê não está gozando de plena saúde e permanecerá internado por pelo menos 10 dias. Ao Campo Grande News, a Santa Casa informou que não estava ciente de tudo o que houve com mãe e bebê, mas que atendeu a gestante, sendo que a criança nasceu prematura, devido a uma infecção urinária da mãe e, por enquanto, ainda não tem previsão de alta.

A reportagem também entrou em contato com a Maternidade Cândido Mariano, mas até o fechamento deste texto, não obteve resposta.

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