Calçada na Vila Carlota vira depósito de paletes e compromete acessibilidade
Além da obstrução, a situação tem atraído animais peçonhentos para a vizinhança
A ocupação irregular de paletes na calçada da Rua São Cosme e Damião, no Bairro Vila Carlota, tem causado transtornos aos moradores nos últimos meses.
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O material, armazenado tanto em um terreno baldio quanto diretamente na calçada, obriga pedestres a desviar pela rua e compromete a acessibilidade. Quem passa por lá tem a impressão de acúmulo de lixo.
Além da obstrução, o problema tem atraído animais peçonhentos para a vizinhança. A estudante de medicina Emilly Kauanna de Oliveira, de 25 anos, mora há 2 anos no bairro e relata que a situação tem se agravado.
“Sempre foi um problema aqui. Tem palete dos dois lados, eles ocupam o caminhão de um lado e ficam com a empilhadeira atravessando a rua. Eu percebi que iria ficar bem ruim tem uns 10 meses, quando ocuparam o terreno do lado”, afirmou.
Emilly conta ainda que animais peçonhentos começaram a aparecer em frente de sua casa. “Já apareceram dois ratos, cobra-cega em frente à minha casa. Eu estava sentada tomando tereré em frente de casa e o rato passou no meu pé”, lamentou.
O servidor público Egon Leon, de 39 anos, que mora há 5 anos na Vila Carlota, também afirma que a situação piorou recentemente.
“Começou a piorar há três meses. Isso nos afeta porque não conseguimos andar na calçada e ratos ficam aparecendo. Os ônibus têm de parar para as empilhadeiras passarem, o que acaba interferindo e deixando o trânsito perigoso. Apareceram muitas baratas e ratos. Antes não havia isso. Fora o risco que toda essa madeira representa”, comentou.
O proprietário da empresa RZ Paletes, Ricardo Zortea, reconhece o problema. Segundo ele, o acúmulo saiu do controle no último mês por falta de espaço para armazenar o volume crescente dos materiais, situação agravada por um atraso no contrato com a empresa encarregada de trituração. Ainda assim, Zortea afirma que pretende resolver a obstrução da calçada ainda hoje.
Bloquear a calçada pode render multa entre R$ 618,30 e R$ 3.091,50, segundo a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano). Quando a irregularidade é identificada, é emitida a notificação. Com isso, o proprietário terá um prazo para o atendimento.
Se, transcorrido o prazo, a irregularidade ainda permanecer no local, o proprietário do imóvel é então multado. A população pode encaminhar denúncias à secretaria por meio da Central de Atendimento pelo 156.
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