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Capital

Casal que ficou sob mira de bandidos agradece PM em carta

Viviane Oliveira | 22/06/2014 13:52
A carta de elogio foi enviada ao comando no começo deste mês. (Foto: Ceber Gellio)
A carta de elogio foi enviada ao comando no começo deste mês. (Foto: Ceber Gellio)

Um casal que foi vítima de tentativa de roubo há 2 anos enviou, no começo deste mês, uma carta para o comando da Polícia Militar elogiando a atuação de dois policiais militares que atenderam a ocorrência no dia e evitaram que a história tivesse um fim trágico. O crime ocorreu na rua Nagen Saad, no Jardim Monte Alegre, em Campo Grande. A carta, que faz um relato do episódio de violência, chamou a atenção por ser uma situação rara na Corporação.

Era meia-noite do dia 21 de junho de 2012, quando a vítima de 31 anos, um caminhoneiro, junto com a esposa, estacionou o caminhão frigorífico da empresa onde trabalha em frente de casa. Quando os dois desceram do veículo, foram surpreendidos por dois bandidos, um deles armado, anunciou o assalto.

Os ladrões fizeram o casal retornar para o veículo, dizendo que iria levar o caminhão após deixá-los em um matagal. No entanto, os bandidos resolveram deixar as vítimas presas em casa, enquanto negociavam por telefone o desfecho do crime com os outros comparsas.

Segundo a vítima, escreveu na carta, a todo o momento os bandidos perguntavam o que havia de valor na casa. “Eu não sabia responder, apenas chorava pensando no que podia acontecer comigo e com a minha esposa”, relata.

Um dos bandidos colocou as vítimas de joelhos em um dos cômodos e as ameaçavam dizendo que iria matá-las. Enquanto o outro falava ao celular para o comparsa ir até o endereço buscar o caminhão, que estava carregado. O ladrão dizia ainda que na casa tinha, também, uma Saveiro.

A movimentação na casa do casal chamou a atenção de um vizinho que acionou a Polícia Militar. O policial que atendeu a ocorrência, Wender Rogério de Freitas Antunes, 25 anos, conta que estava junto com o colega de trabalho, Henrique Lopes, fazendo rondas em um bairro próximo, quando foram acionados pelo Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança), de que no local havia um roubo em andamento. Antunes está há 6 anos na Corporação.

Ao chegarem ao local, os dois policiais entraram na casa que não tinha portão e nem muro e se depararam com um dos bandidos que estava na sala. Os militares, então, o renderam e mandaram que deitasse no chão.

Enquanto isso, o comparsa que fazia o casal refém, ouviu a ação da Polícia e jogou a arma no colo da vítima na tentativa de fazer os policiais se confundirem. “Esse momento foi o mais crítico, pois o policial poderia ter feito alguma coisa comigo achando se tratar do ladrão”, diz a vítima.

O policial então, sem saber quem era o bandido, gritou para que soltasse a arma. Neste momento a vítima jogou o revólver no chão e começou a chorar. Foi neste moomento em que os bandidos acabaram presos e levados para a delegacia.

O caminhoneiro, que pediu para não ser identificado, diz que agradece até hoje por Deus ter enviado os dois policiais, evitando assim, uma tragédia maior. "Após a prisão, os policiais ainda se preocuparam em nos acalmar usando palavras para que retomássemos ao estado emocional e psicológico normal", agradece a vítima. 

Situações desse tipo costumam motivar promoções aos policiais e, neste sentido, a carta pode ser um ingrediente a mais para os policiais envolvidos. 

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