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Capital

Ruas do Centro têm um furto a pedestre por dia; veja como evitar

Mariana Lopes | 10/07/2012 09:27

Segundo o delegado Wellington de Oliveira, a maioria dos autores é usuário de drogas e furta para sustentar o vício

Chamariz: Comerciante conta valor alto de dinheiro à vista de todos que passam pela calçada (Foto: Minamar Júnior)
Chamariz: Comerciante conta valor alto de dinheiro à vista de todos que passam pela calçada (Foto: Minamar Júnior)

Em meio ao corre-corre diário e ao grande fluxo de pessoas, no centro de Campo Grande o número de furtos está crescendo. O quadrilátero mais crítico é entre as ruas 15 de Novembro até a Dom Aquino, e da Rui Barbosa à Calógeras. Nesse trecho, foram 296 furtos registrados de setembro de 2011 a junho de 2012, segundo levantamento da 1ª Delegacia de Polícia. Isso significa que a cada dia há pelo menos um caso.

O maior número de crimes ocorre na quadra da avenida Afonso Pena, entre a 14 de Julho e a Calógeras, com 56 furtos registrados. Nesta quadra, segundo o delegado titular da 1° DP, Wellington de Oliveira, 19 furtos foram realizados no ponto de ônibus em frente a uma loja de produtos populares.

Em segundo lugar, a quadra com mais furtos registrados é da rua Dom Aquino, também entre a 14 de Julho e Calógeras, com 38 boletins de ocorrência. No páreo com estes dois pontos, ao redor da Santa Casa os números são igualmente altos e preocupantes, com 57 furtos.

De acordo com o delegado Wellington, praticamente 100% dos furtos realizados no centro de Campo Grande os autores são usuários de drogas e furtam para sustentar o vício. “Se não mudar resolver o problema da droga, não há como mudar a criminalidade”, pontua.

Alvo fácil: a carteira exposta e sem dificuldade para pegar (Foto: Minamar Júnior)
Alvo fácil: a carteira exposta e sem dificuldade para pegar (Foto: Minamar Júnior)
Erro clássico: andar com a bolsa para trás e aberta (Foto: Minamar Júnior)
Erro clássico: andar com a bolsa para trás e aberta (Foto: Minamar Júnior)

Para quem está de carro, o delegado alerta os motoristas que andam com objetos de valor expostos nos bancos e com as portas destravadas. “Esses tipos de cuidados deveriam ser costume das pessoas”, diz.

Descuido- Em uma voltinha rápida pelo centro da cidade, justamente nos pontos mais críticos da região, a equipe de reportagem não teve dificuldades em registrar pessoas “descuidadas”.

Os exemplos mais clássicos são as mulheres e o mau hábito de não cuidar das próprias bolsas, deixando-as perfeitamente ao alcance de espertinhos de plantão, que esperam apenas uma oportunidade para se aproveitarem, como no famoso ditado popular “a ocasião faz o ladrão”.

No cruzamento da Afonso Pena com a 14 de Julho, a equipe flagrou o aposentado Aurilho Belmont, 68 anos, andando com a carteira na mão. Alvo fácil para os autores de furtos, ele reconhece que está errado e que, no meio do tumulto entre as pessoas, alguém pode esbarrar nele e levar, sem nenhum obstáculo, a carteira com todos os documentos e dinheiro dele.

Bom exemplo: bolsa fechada, pequena e na frente do corpo (Foto: Minamar Júnior)
Bom exemplo: bolsa fechada, pequena e na frente do corpo (Foto: Minamar Júnior)

Na mesma quadra, uma adolescente, ao atravessar a rua, abre a bolsa, pega o celular, joga a bolsa para as costas, anda mexendo no aparelho e conversando com a amiga, sem nem se preocupar com a bolsa aberta. Erro clássico, que maioria das mulheres comete. “É que eu já ia parar para comprar sorvete”, justifica a estudante de 17 anos.

Próximo ao ponto de ônibus em frente à loja Planeta Real, um ambulante, que não quis se identificar, contava notas de R$ 10, R$ 20, R$ 50 à vista de quem passava pelo local. Um chamariz para os espertinhos de plantão que querem dinheiro fácil.

Em meio a tantos erros, a equipe de reportagem encontrou na mesma quadra um bom exemplo a ser seguido. A auxiliar de perecíveis Antônia Mary Mota, 42 anos, ensina como andar no centro da cidade. “Quando venho ao centro tomo o cuidado de vir com uma bolsa que cruza e deixo-a sempre em frente ao meu corpo, além de amarrar todas as sacolas”, conta.

Responsável pelo projeto que propõe a instalação de 38 câmeras de segurança na região central de Campo Grande, o comandante da Guarda Municipal, coronel Luis Altino, disse ao Campo Grande News que prefere não adiantar dados sobre o projeto, pois não há nada concreto por enquanto.

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