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Capital

Com mato alto, moradores enfrentam invasão de cobras e escorpiões

O matagal no canteiro da BR-262 deixam moradores do bairro Santa Mônica 2 com medo de invasões de animais peçonhentos

Filipe Prado | 02/01/2014 08:39
Nunes mostra uma as cobras que entrou em sua casa (Foto: Pedro Peralta)
Nunes mostra uma as cobras que entrou em sua casa (Foto: Pedro Peralta)

O matagal alto, formado nos canteiros da BR-262, na saída para Aquidauana, em frente ao bairro Santa Mônica 2 está deixando os moradores da região com medo das “invasões” de cobras, ratos e insetos. Um produtor rural, que mora no bairro, já matou cinco cobras dentro da própria casa.

O produtor rural Raimundo Nunes de Menezes, 68 anos, conta que há muito tempo não há limpeza nos canteiros, que ficam em frente ao bairro. “Desde que o prefeito assumiu não tem limpeza aqui. Isso é que Campo Grande oferece como cartão de visita”, afirma.

Ele relata que a esposa, Marlene Vicente da Silva, 46, estava na cozinha quando viu uma cobra, embaixo do forno elétrico. “É a 5ª cobra que eu mato aqui em casa. É um estado de calamidade, vem cobra, rato, barato, aranha”, aponta.

“Fiquei em pânico quando eu vi a cobra, eu só gritava”, lembra Marlene. “Imagina se minha neta de sete anos entrasse aqui?”, comenta. Ela conta que o esposo matou a cobra, com um rodo, mas essa não é a primeira. “Já caiu uma coral em cima da cama da minha filha, também dentro do guardarroupa. Já foram cinco aqui em casa, sem contar com outros bichos”.

Marlene afirma que já foi à prefeitura realizar várias reclamações, mas não foi atendida. “Já procuramos à prefeitura, há mais de oito meses. Eles falaram que iriam vir limpar, mas até agora nada”, relata.

Os próprios moradores acabam tomando providência para limpar o local, como o mecânico Sidnei Pereira, 40. “Nós acabamos carpindo aqui, damos uma limpada, pois esse é nosso cartão postal”, comenta. Alessandro Vargas, 38, relata que há muito tempo a prefeitura não limpa o matagal. “Faz uns dois ou três anos que aqui foi limpo, desde então não passaram mais aqui”.

Para os comerciantes da região, o matagal prejudica na visão dos consumidores. “Fica difícil de localizar o comércio, nos prejudica muito. Era para ser bonito, mas, infelizmente, é ao contrário”, relata Selma Ferreira da Silva, 37, que trabalha em uma loja de materiais de construção.

Problemas – Os moradores também acrescentam que outros problemas acontecem no bairro. “A prefeitura asfaltou algumas ruas do bairro, onde passam o ônibus, mas não fizeram escoamento, então a água desce para a nossa rua”, comenta Selma.

O asfalto também ainda não foi colocado na rua Pedro Pedra, então os próprios moradores se uniram para acabar com o problema do barro. “Eu mesmo comprei dois caminhões de cascalho para colocar na rua, pois temos que andar, queremos conforto”, afirma Nunes.

O matagal se espalha por todo o canteiro da BR-262 (Foto: Pedro Peralta)
O matagal se espalha por todo o canteiro da BR-262 (Foto: Pedro Peralta)
O mato esconde pontos de ônibus, além de pequenos lixões (Foto: Pedro Peralta)
O mato esconde pontos de ônibus, além de pequenos lixões (Foto: Pedro Peralta)
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