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Capital

Com outras 4 mortes por covid, HR já usa contêiner para guardar corpos

Somando pessoas que morreram com suspeita, sem resultado do teste, o número sobe para 7 só em Campo Grande

Izabela Sanchez | 13/07/2020 10:04
Contêiner com corpos de vítimas da covid-19 (Foto: COE-HRMS)
Contêiner com corpos de vítimas da covid-19 (Foto: COE-HRMS)

Enquanto o Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande, tentava transferir pacientes do CTI (Centro de Terapia Intensiva) para hospitais particulares, a doença levava outros. Foi assim entre o sábado (11) e o domingo (12), com quatro mortes pela doença ainda não contabilizadas em boletim oficial da Secretaria Estadual de Saúde.

Sem espaço suficiente em câmara mortuária, os corpos já começam a ser alocados em contêiner, alugado pelo hospital, como em cenas vistas em locais que já enfrentam o colapso no sistema de saúde.

O contêiner refrigerador foi alugado no início da pandemia, parte do plano de contenção do hospital, lembra a diretora Rosana Leite, sobre o domingo tenso e inédito.  Ela explica que a câmara mortuária, onde normalmente ficam armazenados os corpos, precisa de reforma e é parte do projeto de licitação das muitas alterações que o HR planejava, o que não ocorreu antes da pandemia.

A diretora do Hospital que é referência para a covid, informou que entre pessoas com quadros confirmados da doença, e ainda sob suspeita, foram sete mortes registradas até o fim do domingo.

Contêiner foi alugado no início da pandemia (Foto: COE-HRMS)
Contêiner foi alugado no início da pandemia (Foto: COE-HRMS)

O contêiner refrigera os corpos até que a equipe funerária venha buscá-los e fica no setor de patologia do hospital. “No sábado eu estava lá e morreram três ao mesmo tempo. Desceram para a patologia, ao invés de ficar na câmara mortuária”, diz a diretora.

O final de semana foi difícil. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, foram 15 óbitos no Estado, 7 de sexta para sábado e 8 do dia 11 para o domingo. Mas, pelo menos, outras 5 vítimas de Campo Grande devem entrar no boletim de hoje. Além das 4 vítimas no HR, uma pessoa faleceu na Unimed.

A secretaria estadual de saúde fecha os dados do boletim que divulga todas as manhãs às 19h do dia anterior, portanto os boletins hospitalares, municipais e estadual apresentam diferenças.

Final de semana -  O Hospital Regional não detalhou as vítimas que ainda não entraram no boletim, mas conforme apurou o Campo Grande News, são idosos, com mais de 60, e com histórico de comorbidades.

Na Santa Casa, idosa de 82, com histórico de doença cardiovascular, foi a primeira vítima da covid no hospital. Faleceu às 6h25 de sábado (11) e entrou nos dados oficiais da secretaria estadual no domingo (12), uma das oito mortes contabilizadas.

Ainda no final de semana, faleceu no hospital da Unimed mulher de 64 anos, conforme nota enviada pela assessoria de imprensa. O hospital afirma que o óbito ocorreu às 21h30 de sábado (11), por isso deve fazer parte dos números que serão divulgados pela secretaria estadual nesta segunda.

A idosa, segundo a Unimed, estava internada em uma das alas de UTI do hospital, desde o dia 1 de julho, para tratar a doença. Não há informações sobre o quadro de saúde.

“A cooperativa lamenta a perda da paciente e ressalta que seguiu todos os protocolos necessários, bem como as normas e determinações do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Saúde Suplementar, visando preservar a sua segurança e lhe oferecer a melhor assistência à saúde”, complementa a nota.

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