Comerciantes reclamam de insegurança e cobram solução contra onda de furtos
Criminalidade crescente assusta lojistas da Ana Luísa de Souza, que pedem mais presença policial

Uma onda de furtos e assaltos tem deixado comerciantes da Avenida Ana Luísa de Souza, principal via do Bairro Pioneiros, em Campo Grande, em constante estado de alerta. Em meio a prejuízos financeiros e medo de novos ataques, muitos lojistas afirmam que a sensação é de abandono e pedem ações mais firmes da polícia.
RESUMO
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Comerciantes da Avenida Ana Luísa de Souza, no bairro Pioneiros, em Campo Grande, sofrem com onda de furtos e assaltos, resultando em prejuízos e medo. Lojistas relatam sensação de insegurança e pedem maior policiamento. Um comerciante teve sua loja arrombada, com prejuízo de R$ 9 mil. Clientes também relatam assaltos na região. Comerciantes temem ser alvos, principalmente mulheres, e muitos fecham seus estabelecimentos mais cedo. Apesar de medidas de segurança, como grades e câmeras, o clima de insegurança persiste. A reportagem solicitou informações à Polícia Militar sobre o patrulhamento na região e aguarda retorno.
O comerciante Gilson Franco, de 53 anos, teve sua loja de assistência técnica em celulares invadida há duas semanas. Ele chegou para trabalhar em uma segunda-feira e encontrou a janela lateral arrombada. Foram levados jogos de ferramentas, equipamentos de diagnóstico, notebook e celulares para venda. O prejuízo, segundo ele, foi de aproximadamente R$ 9 mil.
“Está complicado, a bandidagem tá solta. A gente vê viatura raramente passando. Clientes reclamam que foram assaltados, um deles até levou coronhada. Acho que precisa de policiamento ostensivo e investigação. Estão agindo fortemente aqui”, desabafa Gilson, que decidiu mudar de endereço em busca de mais segurança.
A comerciante Nirlei Lemos da Silva Alves, de 56 anos, abriu uma loja de roupas há quatro meses na região. Embora nunca tenha sido vítima direta de furto ou assalto, ouve relatos constantes de violência de clientes e colegas de comércio.
“O bairro tá bem complicado. Já tive duas clientes que contaram que entraram na casa delas. Quando meu marido não está comigo, fecho mais cedo. E isso acontece com muitos aqui, principalmente nós mulheres, que somos alvos mais fáceis. A gente vê a polícia, mas não como gostaria. À noite, as rondas deveriam ser intensificadas”, afirma.

Mesmo com grades e câmeras de segurança no local, Nirlei diz que a proteção tem limites e que vive em alerta constante. Com loja de bicicletas há sete anos na mesma avenida, Édio Junior, de 29 anos, nunca foi assaltado, mas relata que os vizinhos já foram vítimas de criminosos.
“Até o momento aqui é tranquilo, mas sei que os vizinhos foram todos assaltados. Direto não passa polícia não. Sempre é bom mais policiamento no bairro. Por segurança, fecho às 18h”, comenta.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar, por meio da assessoria de imprensa, para questionar sobre o patrulhamento na região do Bairro Pioneiros e as medidas adotadas diante das denúncias de comerciantes, e aguarda retorno.
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