Depois de parto no drive thru, Débora só quer calmaria em casa com filho
Alexandre não esperou por hospital e nasceu em caminhonete no fim da tarde de ontem
Quarenta minutos era o tempo necessário para chegar até o hospital, mas Alexandre resolveu nascer no meio do caminho mesmo. Depois do parto dentro de caminhonete e pedido por socorro no drive thru do Corpo de Bombeiros, Débora Cidelle, de 25 anos, agora só quer a calmaria do lar com o filho.
Internada na Santa Casa e já conseguindo respirar com mais calma, a mãe conta que a rapidez dos nascimentos já virou costume na família. A primeira filha, de seis anos, nem chegou na sala de parto e nasceu na cama da enfermaria. “Para o meu segundo filho, que tem três anos, também foi meio assim. Cheguei no hospital, passaram dez minutos e ele veio”, conta.
Com ainda menos tempo, ela diz que Alexandre é o “apressadinho”. Ela estava em casa, no Jardim Canguru, quando sentiu a roupa molhando. Foi só o tempo de se trocar, pegar as roupas com a mãe e seguir para o hospital com a vizinha e cunhada.
Chegando próximo ao quartel da Rua 14 de Julho, Alexandre nasceu com 3,670 quilos e 51 centímetros.”Minha cunhada já pegou ele no colo e ficamos assustadas porque ele estava roxo, o cordão umbilical no pescoço. Aí invadimos o quartel pedindo socorro, nem vi nada direito e depois nos levaram para a Santa Casa”, explica.
Um dia depois de toda a história, Débora diz que a ansiedade é de voltar para casa. “Lá está tudo preparado. Ontem, minha mãe estava mais desesperada do que eu, parecia que ela é quem ia ter o filho. Agora é só esperar”, brinca.
Drive thru - Ainda sem iniciar os testes rápidos para covid-19, a equipe do Corpo de Bombeiros Militar que atendeu Débora e Alexandre estavam se preparando para os agendamentos. A coincidência deixou todo mundo mais tranquilo, já que não apresentavam quase risco nenhum de contaminação.