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Capital

Diante de supelotação, família recorre a atendimento "caseiro" contra covid

Empresária faz o que pode para cuidar de 5 familiares e espera que não precisem de atendimento fora de casa

Lucia Morel | 10/03/2021 17:19
Muitos pacientes com covid estão "internados" nos postos de saúde 24 horas. (Foto: Direto das Ruas)
Muitos pacientes com covid estão "internados" nos postos de saúde 24 horas. (Foto: Direto das Ruas)

Sabendo da falta de vagas nos hospitais e o caos nos postos de saúde diante da covid-19, a empresária Caroline Merlo, 27 faz o que pode para cuidar de cinco familiares, os quais espera que não precisem de atendimento contra a doença fora de casa.

Em pedido de ajuda em suas redes sociais hoje no começo da tarde, a jovem solicitou dois inaladores para seus tios e tias que foram contaminados pelo novo coronavírus. Alguns já sentem falta de ar, mas ainda não buscaram hospital.

Estão tomando remédios do kit covid há uma semana, no entanto, ainda não apresentaram melhoras. Ela conta que os primeiros familiares procuraram farmácia onde fizeram teste há cerca de dez dias e voltaram de lá com as medicações e indicação de pegá-las em posto de saúde.

“Quando apareceram os primeiros sintomas eles fizeram teste em farmácia, que deu positivo. Na farmácia compraram alguns remédios e tiveram encaminhamento para pegar kit de remédios do posto de saúde. Tem entre uma semana e dez dias que eles estão tomando as medicações, mas ao invés de melhorarem, pioraram”, contou.

Ela diz que três tias e dois tios, além de um primo de 18 anos estão contaminados e isolados em casa. Uma das tias e um tio apresentam falta de ar e correu atrás de dois inaladores para levar até eles.

Pedido de Caroline nas redes sociais. (Foto: Reprodução)
Pedido de Caroline nas redes sociais. (Foto: Reprodução)

A mãe da empresária é aposentada do setor de raio-x da Santa Casa, onde trabalhou até o ano passado, em plena pandemia. Uma das ações comuns que ela viu por lá era o uso de inaladores em casos menos graves, já que o equipamento alivia os sintomas de falta de ar e descongestiona as vias aéreas.

Com isso, a saída que ela viu foi recorrer às redes sociais para tentar emprestar os equipamentos, o que graças a Deus, conseguiu. “Minha mãe viu muito o que algumas pessoas fazem para amenizar os sintomas, como inalação com ervas, por exemplo, então fomos atrás”, comentou.

Ela aproveitou e comprou um oxímetro, que mede a saturação e mostra quanto de oxigênio circula no sangue. Não pode ficar abaixo de 93. “Deixei o aparelho com eles  e na hora já medi o meu tio, que deu 92. Ele certamente terá que buscar atendimento médico”.

Os familiares de Caroline com covid têm entre 40 e 65 anos de idade. O mais grave é um tio de 65, que segundo ela, é o mais teimoso. “Não quer sair de casa de jeito nenhum, mas também, nos postos tá um caos, tudo revirado”, pondera.

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