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Capital

Doenças do tempo levam 700 por dia a postos e impõem rotina de cuidado

Só no mês de agosto, foram 21 mil atendimentos de doenças que são relacionadas ao tempo

Kleber Clajus | 13/09/2018 13:50
Cintia e André tiveram familiar de 70 anos internada há duas semanas (Foto: Marina Pacheco)
Cintia e André tiveram familiar de 70 anos internada há duas semanas (Foto: Marina Pacheco)

As constantes mudanças de temperatura levaram, em agosto, mais de 21 mil pessoas a unidades de saúde de Campo Grande. Isso em decorrência de casos de gripe, sinusite e outras infecções respiratórias agravadas pela baixa umidade relativa do ar e da poeira.

Há cerca de duas semanas, a avó da manicure Cintia Lima, 26 anos, foi levada para um posto e teve como diagnóstico suspeita de pneumonia. A idosa, de 70 anos, vive fechada dentro de casa para evitar a poeira no Bairro Itamaracá. Um aparelho de umificação do ar fica ligado no quarto, contou seu esposo André Félix, 31 anos, ao lado da jovem que tossia.

Dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) apontaram que, no mês passado, 21.094 pessoas receberam diagnóstico em uma das 30 referências a doenças respiratórias. Foram sete os casos de rotavírus notificados entre fevereiro e março, contra oito em dez meses do ano passado. Nos períodos houve somente uma confirmação, sendo os demais descartados.

O publicitário Thiago Martins, 24 anos, busca evitar o ar condicionado para não ampliar os efeitos da rinite, agravada por trabalhar próximo a rua não asfaltada no Rita Vieira. "Com esse tempo tudo piora", relatou. "Tomo remédio e uso soro para descongestionar o nariz".

O otorrinolaringologista Alexandre Cury recomenda reforço na hidratação (Foto: Marina Pacheco)
O otorrinolaringologista Alexandre Cury recomenda reforço na hidratação (Foto: Marina Pacheco)

"Importante é estar bem hidratado, ter uma boa alimentação, utilizar vestimentas adequadas [para a temperatura] e evitar atividades físicas externas entre às 10h e 15h", orienta o médico Alexandre Cury. 

No consultório do otorrinolaringologista Alexandre Cury ficam vísiveis, em sua mesa, os itens necessários para atravessar essa montanha russa de mudanças climáticas dos últimos dias.

Garrafa de água é alerta para hidratar-se seja durante o frio ou calor, o umidificador alivia a sensação de ambiente seco causado pelo uso do ar condicionado e álcool em gel protege dos vírus, contudo pode ser muito bem substituído pelo lavar das mãos com água e sabão.

"Importante é estar bem hidratado, ter uma boa alimentação, utilizar vestimentas adequadas [para a temperatura] e evitar atividades físicas externas entre às 10h e 15h", orientou Cury. "Pacientes gripados usam máscaras como prevenção no Japão, o que não é usual aqui, mas não melhorando os sintomas em até 48 horas procure um médico para não acentuá-los".

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