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Capital

Em 8 meses, cruzamento no anel viário matou 3 e delegado pede providências

Nadyenka Castro e Nicholas Vasconcelos | 03/08/2012 16:57

Motoristas reclamam da sinalização e também do paisagismo. Ofícios foram encaminhados para PRF e Prefeitura

Delegado mostra placa que indica presença de lombada que não existe. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Delegado mostra placa que indica presença de lombada que não existe. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Trânsito no local é intenso diariamente. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Trânsito no local é intenso diariamente. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Por conta da quantidade de acidentes no cruzamento da avenida Lúdio Martins Coelho com o anel viário da BR-262 – entre as saídas de Sidrolândia e de Aquidauana -, em Campo Grande, o delegado responsável pelas investigações do que lá acontece pede providências para a União e à Prefeitura.

De acordo com o delegado Valmir Moura Fé, da 6ª Delegacia de Polícia Civil, desde 22 de dezembro do ano passado três pessoas morreram no cruzamento, sendo que todas foram atingidas do lado esquerdo, quando cruzavam a rodovia.

Diante da quantidade de acidentes fatais e não fatais, o delegado encaminhou ofícios para o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), PRF (Policia Rodoviária Federal) e Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação), pedindo providências.

A única resposta foi do Dnit, que se comprometeu a instalar redutores de velocidade, mas, não apresentou nenhum prazo.

“Fiz o percurso e a sinalização está confusa. Tem ainda o agravante dos coqueiros”, diz Moura Fé, referindo-se ao paisagismo que há no trevo. Para ele, para reduzir riscos de acidentes o ideal seria construção de uma rotatória ou viaduto.

Conforme o delegado, em menos de um quilômetro da rodovia há placas sinalizando quatro tipos de velocidade: 110 Km/h; 80 Km/h; 60 Km/h e 40 Km/h e também outras que informam a presença de redutores de velocidade que não existem no local.

Moura Fé explica ainda que a maioria dos motoristas de carretas envolvidos em acidentes assumem estar velocidade acima do permitido no local. De acordo com ele, isso acontece porque não há como os veículos grandes, que geralmente estão carregados, frear repentinamente na descida.

O delegado avalia que a sinalização do cruzamento “está fora da realidade” e que o paisagismo e o sol – dependendo do horário – atrapalham a visão do motorista.

Punição - Dois dos três motoristas envolvidos em acidentes fatais no local já foram indiciados por homicidio culposo (sem intenção de matar).

O primeiro foi Evandro Machado, 31 anos, que conduzia uma camionete F-250 que colidiu com o Fox dirigido por Zildo Joaquim Xavier, 64 anos.

Já José Carlos da Silva, 61 anos, foi indiciado também por fraude processual. Ele rasgou o tacográfo do veículo que dirigia. O acidente matou o agente penitenciário federal Diego Rosendo Escobar, 28 anos, em 15 de março deste ano.

Nesta sexta - No início da manhã desta sexta-feira, colisão entre camionete F-4000 e uma Honda Biz deixou o piloto da moto ferido. Bruno Antunes Freitas Ferreira, 24 anos, quebrou os dois braços e teve escoriações.

Carcaça de veículo envolvido em acidente no local. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Carcaça de veículo envolvido em acidente no local. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Na manhã desta sexta-feira, moto bateu em F-400 e piloto ficou ferido. (Foto: Simão Nogueira)
Na manhã desta sexta-feira, moto bateu em F-400 e piloto ficou ferido. (Foto: Simão Nogueira)
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