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Capital

Estudantes se concentram em praça para passeata contra cortes na UFMS

Alunos vão sair pela Afonso Pena como parte de manifestação nacional pela Educação

Ângela Kempfer e Aletheya Alves | 30/05/2019 16:37
Cerca de 400 pessoas aguardam na praça momento de caminhada marcada para às 17h. (Foto: Aletea Alves)
Cerca de 400 pessoas aguardam na praça momento de caminhada marcada para às 17h. (Foto: Aletea Alves)

Acadêmicos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) fazem protesto na Praça do Rádio na tarde desta quinta-feira (30). A concentração começou já pela manhã, no campus de Campo Grande, com a produção de cartazes. Depois, os estudantes seguiram para Praça do Rádio, onde começaram a chegar às 15 horas.

Agora, cerca de 400 pessoas estão no local. A acadêmica de Ciências Sociais, Camila Jara, diz que a expectativa é que a participação aumente no fim da tarde. “Estamos esperando mais gente para às 17 horas, porque é o horário marcado para caminhada”, explica.

O grupo pretende sair pela Afonso Pena, ir à Rua Rui Barbosa, voltar pela Barão do Rio Branco, até chegar novamente à Praça. Enquanto esperam, em carro de som, manifestantes estão relatando experiências sobre pesquisas desenvolvidas pela UFMS e falando de riscos com corte de 30% das verbas destinadas à Universidade, anunciado pelo governo Jair Bolsonaro.

A estudante Marilia Sinani veio de Mogi Mirim (SP), está no penúltimo semestre do curso e pela segunda vez participa de mobilizações nas ruas desde que ingressou na UFMS, sempre por mais investimentos em educação. "Tenho bolsa permanência, o que foi priorizado, para a gente não precisar voltar para a nossa cidade. Mas não sei até quando”, comenta sobre o Programa Bolsa Permanência, que concede auxílio financeiro aos estudantes de outras cidades.

A professora de Artes Visuais, Denize Melo, também entrou na mobilização já pela manhã, com uma ação dentro da universidade para chamar atenção dos alunos para a manifestação de hoje. “Estou muito preocupada porque os cursos de extensão, que ligam os alunos à comunidade, também perderam verba. Todo mundo perde nessa briga contra a educação”.

Funcionária pública aposentada, Sandra Pereira apareceu para fortalecer o movimento dos estudantes. “Devia ter mais gente. O problema é que aqui o pessoal é muito de direita e não apoia as lutas sociais”, critica.

O MEC (Ministério da Educação) bloqueou mais de R$ 29,7 milhões da UFMS e divulgou que o corte compromete todas as atividades desenvolvidas na instituição, incluindo projetos de pesquisa, de extensão, empreendedorismo e inovação.

Atualmente, a UFMS oferece 116 cursos de graduação e 61 de pós-graduação (mestrado e doutorado) em 21 municípios do estado. Em seu quadro docente a instituição mantém cerca de 2.800 professores e técnicos-administrativos em suas unidades administrativas e acadêmicas para atender mais de 23 mil estudantes. A UFMS é a primeira universidade em qualidade do estado e está em 36ª posição no ranking das melhores universidades do País.

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