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Capital

Fim de estacionamento cria mais um problema e não acaba com caos

Zana Zaidan | 20/06/2014 08:56
A fila de carros começa na esquina da rua João Rosa Pires com a Anhanduí (Foto: Marcelo Victor)
A fila de carros começa na esquina da rua João Rosa Pires com a Anhanduí (Foto: Marcelo Victor)
Carros "trancam" o cruzamento da João Rosa Pires com a Ernesto Geisel (Foto: Marcelo Victor)
Carros "trancam" o cruzamento da João Rosa Pires com a Ernesto Geisel (Foto: Marcelo Victor)

As filas de congestionamento que já atingem diariamente as principais vias de Campo Grande nos horários de pico chegaram à Avenida Ernesto Geisel, na região do Centro. Como solução, a prefeitura estuda proibir o estacionamento entre as ruas 26 de Agosto e Antônio Maria Coelho. O “caos” é consenso entre moradores e comerciantes do entorno, mas a medida é vista com ressalvas.

“Não vai melhorar em nada. O que precisamos são vias alternativas para quem vem da rua 15 de novembro, porque o fluxo de veículos que vem de lá é muito grande”, opina a advogada Noemi Assato, 56 anos. Moradora há dez anos de uma casa na rua João Rosa Pires, quase esquina com a Ernesto Geisel, ela relembra o dia em que perdeu 20 minutos só para conseguir sair com o carro da garagem.

“A partir das 17h30 quase não dá para sair de casa. Vira um verdadeiro inferno”, afirma. O problema está no momento da conversão – antes de o motorista que está na João Rosa Pires conseguir virar na Ernesto Geisel, o semáforo fecha e, em meio à fila de carros, a rua fica “trancada”, constatou a reportagem ao visitar o local.

Cléber acredita que proibição vai espantar clientela do Camelódromo (Foto: Marcelo Victor)
Cléber acredita que proibição vai espantar clientela do Camelódromo (Foto: Marcelo Victor)

“Alguma coisa precisa ser feita, e com urgência. Proibir de estacionar pode ser bom porque você ganha mais uma faixa, além de não ser obrigado a parar para os carros que tentam sair da vaga”, considera o agente sanitário Ataíde Ferreira, 27 anos, que afirma passar pelo cruzamento diariamente, na volta do trabalho.

Comerciantes – Comerciantes ouvidos pelo Campo Grande News apontam que o local já sofre com a falta de vagas, e que a medida da prefeitura vai prejudicar a rotina dos trabalhadores e trazer prejuízos.

“Se quem trabalha no Camelódromo estaciona na avenida porque não tem vagas, vai sobrar o quê para os consumidores”, questiona Cléber dos Santos, 29 anos, proprietário de um dos pontos do centro comercial.

“Vai criar um problema para resolver outro. O cliente já reclama do estacionamento, fala que não encontra ou paga caro em um particular. Vamos perder muitas vendas”, acredita André Luís Nascimento, 33 anos, dono de um comércio na esquina da rua Anhanduí com a 15 de novembro.

Ataíde cobra solução urgente para a região (Foto: Marcelo Victor)
Ataíde cobra solução urgente para a região (Foto: Marcelo Victor)

Prefeitura - Diretor-presidente da Agetran(Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Jean Saliba afirma que a medida é irrevogável e que "já foi batido o martelo". "Foram feitos estudos técnicos antes de tomarmos essa decisão. É uma questão de opção, de prioridade: ou você tem a vaga, ou você flui o transito", explica.

O trecho entre a 26 de Agosto e a Antônio Maria Coelho, explica ele, foi escolhido por ter uma pista a menos do que os demais pontos da Ernesto Geisel. "Nos outros trechos ela tem três pistas de rolamento e uma de estacionamento. Justamente ali, onde é mais central, nos só temos só duas pistas, por isso sempre fica engarrafado. Por isso optamos por tirar o estacionamento, porque no momento não tem outra alternativa", atesta. 

A previsão de Saliba é que a proibição entre em vigor no final de julho. "Falta sinalizar a via, está na Central de Compras para ser licitado. Assim que o processo for concluído, será dada a ordem de serviço", finaliza. 

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