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Capital

Governo faz apelo, mas ainda falta sangue para cirurgias na Santa Casa

Alan Diógenes | 31/07/2015 17:56
Doações são necessários para atender 2,5 mil cirurgias realizadas no hospital. (Foto: Fernando Antunes)
Doações são necessários para atender 2,5 mil cirurgias realizadas no hospital. (Foto: Fernando Antunes)
Enfermeira chefe do setor de transfusão diz que doações de todos os tipos sanguíneos são necessárias. (Foto: Fernando Antunes)
Enfermeira chefe do setor de transfusão diz que doações de todos os tipos sanguíneos são necessárias. (Foto: Fernando Antunes)

Apesar do apelo feito pelo Governo do Estado, Hemosul e Santa Casa de Campo Grande chamando a população para doar sangue, os estoques ainda precisam ser reforçados nesta época do ano. Isso ocorre porque no inverno, alguns doadores deixam de ir aos centros de coleta devido a complicações de saúde, como gripe e doenças respiratórias.

A enfermeira chefe do setor de transfusões de sangue da Santa Casa, Eliana Gonçalves Gomes, também destaca outro fator para que as doações sejam reforçadas. “Neste período de férias ocorrem muitos acidentes de trânsito onde as vítimas precisam de transfusão de sangue. Fora os pacientes já internados no hospital, ainda existe mais esta demanda”, explicou.

Eliana conta que os setores de oncologia e cardiologia são os que mais precisam das bolsas de sangue. Além disso, as doações feitas são divididas entre o hospital inteiro e o ambulatório de transfusão.

Após o chamado feito pelos órgãos através da televisão, as doações dobraram. Antes eram feitas 80 doações e neste mês o número subiu para 160. Mas, segundo Eliana, estas doações não são suficientes para atender as 2,5 mil cirurgias mensais realizadas no hospital, que utilizam todos os tipos sanguíneos nos procedimentos.

Para a alegria dos funcionários do hospital, na tarde desta sexta-feira (31), a sala de espera no centro de doações da Santa Casa estava lotada. O advogado Fernando Ortega, 37 anos, doa sangue há 14 anos, e com o estoque baixo não deixou de fazer sua parte.

“Faço a doação de sangue quatro vezes ao ano. O sangue é valioso, insubstituível e possui diversos componentes que podem salvar vidas. Uma bolsa de 450 ml auxilia na recuperação de diversas pessoas”, mencionou Fernando.

A auxiliar administrativo Ildemira de Paula, 36 anos, foi doar sangue pela quarta vez. Ela destaca a importância do ato. “Não sabemos o dia de amanhã e pode ser que um dia a gente precise de sangue. Incentivo meus familiares e os funcionários da minha empresa a também doarem”, finalizou.

A doação de sangue dura em média 45 minutos a 1 hora. O doador primeiramente faz um cadastro, pré-triagem, triagem-clínica, coleta e depois toma um lanche.

Para doar sangue a pessoa precisa estar bem alimentada, não pode estar fazendo uso de antibiótico e deve ter idade de 16 a 69 anos. Lembrando que os menores de idade precisam estar acompanhados dos responsáveis. O doador também deve pesar acima de 55 quilos.

Na Santa Casa as coletas são feitas de segunda a sexta-feira, das 7 às 17 horas e aos sábados das 7 horas ao meio-dia. A coleta é realizada no Banco de Sangue do hospital, que fica localizado em um setor externo, na rua Eduardo Santos Pereira, 88, esquina com a Rua 13 de Maio, no pátio do hospital.

Já nos hospitais Regional e no Universitário, o serviço é feito de segunda a sexta, das 7 horas ao meio-dia. 

Dando exemplo de solidariedade, Fernando doa sangue há 14 anos, quatro vezes ao ano. (Foto: Fernando Antunes)
Dando exemplo de solidariedade, Fernando doa sangue há 14 anos, quatro vezes ao ano. (Foto: Fernando Antunes)
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