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Capital

Jovens ignoram avisos contra som alto e são presos próximo a conveniência

‘Sou filho de juiz’, ameaçou um dos rapazes ao ser revistado por policiais

Anahi Zurutuza | 06/08/2017 08:49
Placas na conveniência deixam claro que o espaço está em conformidade com a lei nº 259, de março de 2015. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Placas na conveniência deixam claro que o espaço está em conformidade com a lei nº 259, de março de 2015. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Os “avisos” colocados pelo dono da conveniência Euclides, localizada no cruzamento das ruas Ceará e Euclides da Cunha, não bastaram para afastar quem exagera no volume do som do carro. Na madrugada deste domingo (6), três jovens foram presos por perturbação da tranquilidade nas proximidades do estabelecimento.

Quem acionou a Polícia Militar foi o dono do comércio, o empresário Naim Ibrahim, que em entrevista ao Campo Grande News, disse que não quer confusão com a vizinhança por causa da “baderna” no entorno da conveniência.

“Durante a madrugada, principalmente, é enorme o número de pessoas que compram bebidas alcoólicas e ficam ao redor da conveniência, ouvindo música bem alta, gerando muita reclamação da vizinhança”, afirmou na matéria publica neste sábado (5).

Conforme foi registrado no boletim de ocorrência, a equipe da PM flagrou dois veículos com som muito alto – um Fiat Strada e um VW Gol. Durante a abordagem Lucas de Oliveira Paschoalinho, de 23 anos, se identificou como dono do Fiat e João Matheus Romão de Oliveira, 21, como o proprietário do Gol.

Os dois foram informados que os veículos seriam apreendidos e que eles seriam levados até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) para prestarem esclarecimentos, conforme o relato da PM.

Neste momento, Olivan Filiu Vargas, de 23 anos, que estava com a dupla detida, passou a questionar a ação da polícia, ainda segundo o registro policial. Ele teria dado um empurrão em dois militares e recebeu voz de prisão por atrapalhar a abordagem.

Enquanto era revistado, Vargas continuou a reclamar e segundo policiais, ameaçou: “não podem me prender, vocês não tem autoridade para isso, vão pagar caro porque sou filho de juiz e sou advogado, vou processar vocês”.

Na delegacia, a aparelhagem de som foi apreendida e os carros liberados.

Correntes e cones impedem aglomerações no estacionamento da conveniência (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Correntes e cones impedem aglomerações no estacionamento da conveniência (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

‘Fazer valer a lei’ – À reportagem, Naim Ibrahim contou que abriu a conveniência há um ano e disse que já se cansou de receber telefonemas de moradores do bairro se queixando da “baderna” que é formada na frente de seu estabelecimento e nas ruas adjacentes.

O empresário, que já havia instalado câmeras de monitoramento, também optou por colocar correntes na calçada para impedir aglomerações no pátio da conveniência. Mas, não consegue evitar a concentração de pessoas nas ruas do entorno, por isso não deixa de chamar a polícia quando é necessário.

“O que eu quero é fazer valer a lei. Não estou ‘afundando’ meu negócio, como muitos estão dizendo. Muito pelo contrário. Quero que meus clientes e meus vizinhos não sejam perturbados", pontua, reforçando que ele se sente uma vítima da atitude de pessoas que chegam a consumir drogas no local.

A maior placa afixada no local, quase um outdoor, informa que som alto é crime conforme a lei complementar nº 259, de 12 de março de 2015, que dispõe sobre a emissão de ruídos sonoros provenientes de aparelhos de som instalados em veículos nas vias e logradouros públicos na Capital.

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