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Capital

Justiça determina que Palhaço Sabiá continuará preso por morte de merendeira

Justiça negou novamente pedido de revogação de prisão preventiva de Jesus Ajala, que matou a ex por não aceitar fim do namoro

Silvia Frias | 30/06/2020 09:19
Jesus Ajala, o Palhaço Sabiá se entregou à polícia seis dias depois do crime (Foto/Arquivo: Kisie Ainoã)
Jesus Ajala, o Palhaço Sabiá se entregou à polícia seis dias depois do crime (Foto/Arquivo: Kisie Ainoã)

O juiz Aluizio Pereira dos Santos, em substituição na 1ª Vara do Tribunal do Júri, negou liberdade a Jesus Ajala da Silva, 47 anos, conhecido como Palhaço Sabiá, acusado de matar a merendeira Silvana Tertuliana Pereira, no dia 9 janeiro de 2019. A Justiça chegou a marcar o julgamento para maio, mas os procedimentos foram adiados por conta da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

A revogação da prisão preventiva foi negada em decisão de ontem do magistrado. A reavaliação é feita a cada 90 dias,conforme lei 13.964/2019 e já havia sido indeferida anteriormente e, por isso, Ajala permanece preso desde dia 15 de janeiro, quando se apresentou à Polícia, seis dias depois de matar Silvana.

Ajala foi denunciado por homicídio qualificado por motivação torpe e feminicídio. Na confissão, disse que matou Silvana a facadas por não aceitar o fim do relacionamento.

Silvana foi assassinada a golpes de faca (Foto/Arquivo)
Silvana foi assassinada a golpes de faca (Foto/Arquivo)

No despacho, o juiz considerou que ainda se mantém a necessidade de garantir ordem pública e pelo histórico do acusado, com diversas passagens pela polícia e por ter desaparecido após o crime, sendo encontrado apenas seis dias depois do crime.

Santos também avaliou que os prazos do processo estão “dentro dos limites da razoabilidade” mesmo se levando em conta a pandemia da covid-19.

O juiz ainda determinou nova conclusão do processo no dia 6 de julho de 2020 para designar data para o julgamento. A Justiça havia expedido ofício para que Ajala fosse levado a júri popular no dia 7 de maio deste ano, mas a sessão foi adiada diante da pandemia.

A data é posterior ao prazo estabelecido para regime especial na Justiça, que adiou os júris no Estado. Porém, a medida pode ser novamente prolatada.

Caso - Silvana foi morta a facadas no dia 9 de janeiro de 2019. Dois dias depois, seu corpo foi encontrado no quintal de casa abandonada, enrolado em uma coberta próximo da residência do palhaço. Ajala foi preso no dia 15 daquele mês e posteriormente confessou o crime.

Com base na investigação, denúncia do MPMS (Ministério Público de MS) relata que os dois tomaram banho juntos e ele não gostou de Silvana falar de outro ex e a intenção de voltar a ter relacionamento com essa pessoa. Ele teria saído antes do banho, pegou uma faca e, na volta, a golpeou no tórax.

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