Marceneiro tem carro furtado no Centro e o encontra 'depenado' em matagal
Depois de encontrar o veículo, trabalhador conta que tentou contato com a polícia por mais de 5h, mas não foi atendido
Três dias depois de ter o seu veículo Parati furtado em plena região Central de Campo Grande, um marceneiro, de 55 anos, encontrou o veículo “depenado” no meio de uma matagal no Jardim Centro-Oeste, no extremo sul da Capital, no final da tarde desta sexta-feira (12). O trabalhador Amarildo Febrônio de Carvalho listou o prejuízo à reportagem
“Está sem às quatro rodas, levaram os cabos de vela, está sem bateria e ainda deram uma batidinha na frente”, lamenta o marceneiro. O veículo está com ele há pelo menos dez anos e é o seu único meio de transporte para o trabalho. A Parati foi estacionada por ele na Rua 13 de Junho, na última terça-feira (08). “Parei para ir fazer um serviço de marcenaria em um prédio e quando voltei ele já não estava mais lá”, conta. Foi graças às redes sociais que o trabalhador conseguiu localizar a Parati.
Os familiares do marceneiro postaram sobre o furto do carro em um grupo no Facebook. Um morador viu a postagem e hoje, enquanto andava nas proximidades do matagal, viu um veículo semelhante e acionou a família. O carro está próximo a invasão da Homex.
Ao chegar no local às 17h desta sexta-feira o marceneiro confirmou que aquele era o seu veículo, mas o alívio deu lugar ao desespero. Isso porque, segundo o trabalhador, mesmo após dezenas de ligações, ele não conseguiu contato nem com a Polícia Militar ou Civil.
Só por volta das 22h30, depois de mais de cinco horas de espera, guardas municipais foram até o local. “Eu fiquei esse tempo todo aqui esperando e cuidando meu carro de longe. Tive medo de sair e os assaltantes voltarem e levar mais coisas, mas também não fiquei muito perto porque é uma região de mata fechada. Nenhuma polícia apareceu. Liguei diversas vezes, mas não fui atendido. Só agora a noite me lembrei da Guarda Municipal, liguei e eles mandaram duas viaturas logo em seguida”, desabafa Amarildo.
Os guardas acionaram um caminhão guincho e o trabalhador, enfim, pode deixar o local. Amarildo tem esperanças de conseguir arrumar o veículo e voltar a usá-lo para atender aos clientes. “Eu uso meu carro para trabalho, sem ele, não tem como trabalhar”, conclui.
