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Capital

Menino chora por ser alvo de ataques em escola e mãe exige providências

Segundo a mãe, já é a segunda vez que criança de 7 anos recebe cartinhas e desenhos dizendo: "Você é feio"

Karine Alencar | 30/03/2022 19:32
Cartinha que a criança recebeu na escola. (Foto: Direto das Ruas)
Cartinha que a criança recebeu na escola. (Foto: Direto das Ruas)

Aluno novo no Bairro Jardim São Conrado, em Campo Grande, um estudante de apenas 7 anos não foi bem recepcionado. Segundo a mãe do estudante, que não terá o nome revelado para não identificá-lo, nada foi feito para interromper o bullying que a criança vem sofrendo na unidade de ensino.

"Revoltante! Bullying na escola. Segunda vez que o meu filho recebe essas cartinhas", disse a mãe em uma foto encaminhada ao Campo Grande News, por meio do canal Direto das Ruas, depois que o pequeno chegou aos prantos em casa.

Segundo a mulher, logo que iniciou as aulas, o filho voltava chorando e não queria retornar à escola, até que um dia contou para mãe o que estava acontecendo. "Ultimamente, ele está muito triste e eu sempre pergunto o porquê. Aí, esses dias ele chegou e me disse que recebeu um desenho com o coração partido, onde dizia: 'Você é feio'", detalha.

Muito magoada, ela procurou a coordenadora para conversar. "Fui lá, falei com ela e depois, ela passou de sala em sala, orientando as crianças do que é o bullying e que isso não é permitido. Achei que não ia mais acontecer", desabafa.

Contudo, nesta quinta-feira (29), o menino chegou com um novo desenho feito pelos colegas durante a aula de Artes. Desenhado, cortado e colorido em uma folha de caderno, a imagem de um monstro carrega a mesma frase com corações partidos nas bochechas e a exclamação: "Você é feio".

Por orientação da mãe, ele pegou o papel, guardou e entregou ao chegar em casa. "Na primeira vez, ele ficou com tanta raiva, chateado, que rasgou. Eu disse para ele que da próxima vez, era pra ele trazer pra mim, só assim poderíamos provar a situação aos responsáveis", afirma.

Ainda de acordo com a mãe do pequeno, além de mostrar para a família em casa, ele tentou contar para a professora, mas foi repreendido. "Na hora que pegou, ele foi falar para a professora, mas ela disse para ele não interromper e voltar para a carteira", conta estarrecida.

Natural de Minas Gerais, ela revela o quanto toda essa história impactou o psicológico do menino. "Somos novos aqui, e agora que ele está conhecendo os amiguinhos das casas ao lado. Depois disso, ele tem se sentido muito sozinho e tem ficado muito triste frequentemente", conta.

A Semed (Secretaria Municipal de Educação) foi procurada pela reportagem para informar as medidas tomadas diante de situações como esta. Por meio da assessoria, alegou que existem profissionais qualificados para agir nesses casos.

"Temos a equipe do programa Valorização da Vida para fazer uma intervenção. As psicólogas vão até a unidade para fazer o trabalho de orientação, para que casos de bullying não ocorram. Importante observar que desde 2018, o programa funciona na Reme também atendendo casos de ideação suicida e automutilação. Estamos atentos a questão", disse.

Direto das Ruas - A sugestão de reportagem chegou ao Campo Grande News por meio do canal Direto das Ruas, meio de interação do leitor com a redação. Quem tiver flagrantes, sugestões, notícias, áudios, fotos e vídeos pode colaborar no WhatsApp pelo número (67) 99669-9563.

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