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Capital

Militares deixam Comando-Geral para protesto em frente à Governadoria

Entre as reivindicações estão melhores condições de trabalho e reposição inflacionária

Kerolyn Araújo, Mirian Machado e Helio de Freitas | 31/05/2019 10:46
Manifestantes se reuniram em frente à governadoria. (Foto: Henrique Kawaminami)
Manifestantes se reuniram em frente à governadoria. (Foto: Henrique Kawaminami)

Cerca 200 militares, entre policiais e bombeiros, inativos e de folga, chegaram há pouco na Governadoria. Eles saíram em passeata do Comando-Geral da Polícia Militar e, com faixas, apitos e gritos de ''reposição já'', cobram aumento salarial, melhores condições de trabalho e valorização da categoria. A intenção do protesto é abrir diálogo com o Governo do Estado.

Segundo o presidente da AOFMS (Associação dos Oficiais Militares Estaduais de Mato Grosso do Sul), Coronel Alírio Villasanti, uma das reivindicações da categoria é a reposição inflacionária dos últimos 12 meses e incorporação do abono de R$ 200 ao salário dos servidores, que por enquanto só está garantido até maio de 2020.

''É um momento de tencionamento muito forte na segurança pública em razão de vários fatores, como a não publicação da promoção dos servidores há um ano, que é direito legítimo. As condições de trabalho, deficiência estrutural e pessoal, o que sobrecarrega os policiais e os bombeiros. Isso causa consequências graves na saúde, causando depressão, síndrome do pânico e até suicídio", disse.

Conforme Villasanti, a intenção da manifestação é de que o governo abra portas para conversas. ''Queremos um diálogo franco, transparente e aberto com o governador", ressaltou.

Além da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, policiais civis também paralisaram as atividades nesta sexta-feira. A categoria fez um protesto no início da manhã em frente à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. Eles reivindicam melhores condições de trabalho, incorporação do abono de R$ 200 ao salário dos servidores, além de das publicação da promoção funcional, que está parada há um ano.

Nesta sexta-feira (31), o prédio da Governadoria, na Avenida do Poeta, no parque dos Poderes, amanheceu cercada com grades de ferro. Segundo o Governo do Estado, nenhum esquema especial de segurança foi montado. Apenas estrutura de grades protege a entrada da Governadoria para não interferir no direito de ir e vir dos servidores.

Policiais militares e bombeiros saíram do Comando-Geral da PM e caminharam até o prédio da governadoria. (Foto: Henrique Kawaminami)
Policiais militares e bombeiros saíram do Comando-Geral da PM e caminharam até o prédio da governadoria. (Foto: Henrique Kawaminami)
Policiais civis fizeram manifestação em frente à Depac do Centro. (Foto: Marina Pacheco)
Policiais civis fizeram manifestação em frente à Depac do Centro. (Foto: Marina Pacheco)

Interior - Policiais civis e militares fazem dia de protesto hoje em Dourados, a 233 km de Dourados. Nas delegacias da Mulher, do Menor, 1ª e 2ª DP, apenas um policial cumpre expediente. Os demais estão concentrados na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento), onde 30% do efetivo trabalha.

Apenas flagrantes e mandados de prisão serão cumpridos. Boletins de ocorrência de registro de extravio, furto e estelionato, por exemplo, só serão feitos a partir de 8h de amanhã.

São 170 policiais civis na Regional de Dourados, que inclui Maracaju, Rio Brilhante, Douradina, Itaporã e Caarapó.

Já a Polícia Militar faz hoje a “operação padrão” em Dourados. As viaturas estão nas ruas, mas todos os casos que forem atendidos serão levados para a Depac. Como os policiais estão em paralisação, os casos não serão atendidos e as viaturas vão permanecer na delegacia.

“São casos que geralmente o policial militar atende e resolve na rua mesmo. Hoje estamos encaminhando para a Polícia Civil e a tendência é que as viaturas permaneçam lá até o caso ser registrado”, explicou o representante da ACS, Cabo Espíndola.

Resposta - Segundo o cabo Mario Sergio Couto, presidente da ACS (Associação e Centro Social dos Policiais Militares e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul), durante a manifestação ele recebeu ligações dos secretários Eduardo Riedel (Secretaria de Governo) e Roberto Hashioka (Administração), informando que a categoria será recebida para uma conversa.

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