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Capital

Mortalidade infantil cai 20%, apesar de número maior de nascimentos

Em 2016, para cada 1000 nascimentos, 10,71 mortes foram registradas; No ano passado, os óbitos caíram para 8,74

Danielle Valentim | 21/02/2018 16:39
Comitê composto por diversas instituições de saúde, além da participação dos Conselhos Municipal e Estadual de Saúde, universidades e profissionais da Saúde. (Foto: Divulgação/PMCG)
Comitê composto por diversas instituições de saúde, além da participação dos Conselhos Municipal e Estadual de Saúde, universidades e profissionais da Saúde. (Foto: Divulgação/PMCG)

Em 2017 nasceram mais crianças que em 2016 e, segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), mesmo assim, a TMI (Taxa de Mortalidade Infantil) caiu 20%. O cálculo é feito com base em cada mil nascidos vivos, no ano passado foram registradas 8,74 mortes contra 10,71 no ano anterior. Os dados da Cevital (Coordenadoria de Estatísticas Vitais) foram apresentados na primeira reunião do Comitê Municipal de Prevenção da Mortalidade Materna Infantil e Fetal, nesta quarta-feira (21).

Conforme a secretaria, a redução da TMI só foi possível devido ao aumento na quantidade absoluta de nascidos vivos em 2017. No ano passado nasceram 14.295 crianças, ante 13.726 em 2016.

O número de nascimentos seguia um crescimento gradual entre 2012 e 2015, porém esta trajetória apresentou uma redução em 2016, que pode ter sido influenciada pela epidemia do Zika Vírus associada às recomendações do Ministério da Saúde aos casais que desejavam ter filhos para o adiamento da gravidez, frente às possíveis malformações congênitas advindas da infecção em gestantes.

Mortalidade Materna - A RMM (Razão da Mortalidade Materna) registrada no ano passado está abaixo da média de Mato Grosso do Sul. A RMM da Capital foi de 35 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos em 2017, classificada como médio risco pela Organização Mundial de Saúde (OMS), enquanto que no Estado a média é 66 óbitos por 100 mil nascidos. O dado aponta o risco da mulher morrer durante a gravidez e após o parto.

O coordenador da Cevital, Bruno Holsback Uesato, ressalta que a RMM de Campo Grande “tem caído gradativamente desde 2015 devido às melhores condições dos serviços de saúde oferecidos às mulheres e gestantes, além de melhores condições sociais”.

A secretária adjunta da Sesau, Andressa de Lucca Bento, abriu a primeira reunião do Comitê e ressaltou que o órgão “possui uma importante contribuição nos resultados obtidos em 2017, uma vez que detecta as oportunidades de melhorias e realiza as recomendações à gestão e estabelecimentos de saúde”.

Causas de óbitos infantis - A principal causa de mortes infantis em 2017 está relacionada com afecções perinatais (49%) que consiste em infecções e septicemia, desconforto respiratório, hemorragia pulmonar e patologias da placenta e cordão umbilical, seguida por malformações congênitas e anomalias cromossômicas (32%). Em 6% dos óbitos a causa da morte foi asfixia no domicílio por alimento e conteúdo gástrico.

Parto normal x cesárea - Outro dado apresentado no Comitê foi a redução na proporção de partos normais de 41,1% em 2016 para 38,8% em 2017. Segundo OMS, dar à luz a um bebê é um ato natural. De acordo com a instituição, se tudo estiver bem com mãe e com a criança, o parto é um processo fisiológico que requer pouca intervenção médica, sendo aceitável pelo órgão até 15% por cesárea.

O Comitê é composto por hospitais, maternidades, além de contar com a participação do Conselho Municipal e Estadual de Saúde, universidades e profissionais da Saúde. Atualmente, o órgão é presidido pelo médico ginecologista e obstetra Paulo Saburo Ito, que apresentou o balanço das ações em 2017 e conduziu a análise de um óbito materno e um caso de óbito infantil que estavam sem a definição de causa.

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