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Capital

Mototáxi cobra 3 preços diferentes por corrida e cliente adota aplicativo

Vania Galceran | 27/12/2014 14:55
A tabela de preços da Agetran está disponível para todos os usuários. ( Foto: reprodução site da Agetran)
A tabela de preços da Agetran está disponível para todos os usuários. ( Foto: reprodução site da Agetran)

A falta de um aparelho para registrar a distância e a quantia a ser paga por corridas de mototaxistas de Campo Grande, já causou muitos transtornos para profissionais e clientes e nesta semana voltou a gerar problemas. Um usuário alega pagar vários valores pela mesma distância, todos fora da tabela estabelecida.

Há quatro meses, um homem de 28 anos teve sua motocicleta furtada e desde então, frequentemente utiliza os serviços de mototaxi para se locomover entre os lugares, por ser mais rápido e barato do que ônibus e taxi, por exemplo.

Porém ele, que não quis se identificar, conta que por três vezes pagou valores diferentes ao percorrer um mesmo percurso de 5 km, sendo R$ 8, R$ 12 e até R$ 15. Indignado ele foi pesquisar como funciona a tabela de preço dos mototaxistas e encontrou a tabela estabelecida pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), já atualizada com reajuste de 25%.

Mas, segundo quem faz uso do transporte com mototaxistas, alguns chegam a cobrar o dobro. Nesta semana, ele afirma que chegou a ser ameaçado por um mototaxista ao pedir para ver a tabela praticada. Ele andou 2km e pagou R$ 7 , mas pela tabela o valor seria no máximo R$ 4. Foi quando o passageiro pediu pra ver a tabela e o mototaxista reagiu com indignação , discutiu e disse para o passageiro que"ele estaria marcado".

No percurso de 2.62km, o usuário já chegou a pagar R$ 10 pela corrida de mototáxi, bandeira um. (Foto: Arquivo pessoal)
No percurso de 2.62km, o usuário já chegou a pagar R$ 10 pela corrida de mototáxi, bandeira um. (Foto: Arquivo pessoal)

Tecnologia - A partir daí, o homem passou a usar um aplicativo da internet que calcula quantos quilômetros foram percorridos no percurso e ainda baixou a tabela da Agetran, para se defender de cobranças abusivas. O rapaz comentou que está arquivando todos os dados, valores cobrados em excesso e gravando conversar para apresentar a Agetran. Com isso, ele pretende defender os direitos de consumidor e evitar que outras pessoas passem pelo mesmo constrangimento.

De acordo com o rapaz, ele já chegou a descer duas ou três quadras para ver se o mototaxista cobrava o valor menor, mas não foi o que aconteceu. De acordo com mototaxistas que preferiram também , não se identificar, o dono do alvará, em geral, não trabalha nos pontos, ele sub-loca o alvará, para terceiros que tem que pagar em média por semana R$ 450, para trabalhar.

A população acaba ficando sem alternativa e por desconhecimento, paga o que é cobrado.
O comerciante Valdir Alberto Ledesma (40) Contou que precisou uma vez dos serviços, mas que ao dizer que precisava sair do centro para o Jardim Tarumã, uma distância que equivale a 13km, o mototaxista queria cobrar R$ 30. "Desisti na hora e fui de ônibus", conta Valdir.

Nossa equipe procurou o sindicato dos mototaxistas e a Agetran, mas ninguém atendeu as nossa ligações.
Uma lei que ainda não entrou em vigor pretende colocar em todos os veículos o contador de distância e velocidade para colaborar com usuários e mototaxistas, na hora de calcular a distância percorrida e ajustar o valor da corrida.

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