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Capital

Município foi alertado há 8 meses sobre problemas no Hospital da Mulher

Vigilância Sanitária esteve no local em abril e identificou o que chama de inadequações no processo de esterilização

Christiane Reis | 05/12/2016 16:10
Hospital da Mulher está com centro cirúrgico fechado para partos desde quinta-feira (1º). (Foto: Marcus Moura)
Hospital da Mulher está com centro cirúrgico fechado para partos desde quinta-feira (1º). (Foto: Marcus Moura)

Desde abril, o município de Campo Grande tem conhecimento de inadequações relativas à esterilização no centro cirúrgico do Hospital da Mulher, localizado nas Moreninhas, em Campo Grande. A informação é da coordenadora da Vigilância Sanitária do Estado, Glauce Guimarães de Oliveira Moura.

À época, o município pediu 30 dias de prazo para regularização. Contudo, em nova inspeção na semana passada, a equipe constatou antigos e novos problemas, o que motivou a interdição do centro cirúrgico.

“O local não garante a segurança do paciente”, disse Glauce Moura. Ela detalha que não é feito monitoramento do processo de esterilização, com indicadores físicos, químicos e biológicos e com todas as etapas do processamento de materiais para rastreabilidade do processo de esterilização, o que deve ser feito diariamente.

Também foi constatada ausência de alguns medicamentos para atendimento de urgência e emergência. Além disso, segundo ela, também foi identificado o reprocessamento de compressas cirúrgicas “e há também inadequações na foco cirúrgica do local, que não apresenta plenas condições para realização de partos, cirurgias”, complementou.

Glauce Moura disse ainda que havendo interesse do gestor em reabrir o centro cirúrgico, ele deve apresentar proposta de readequação e, novamente, a equipe da Vigilância Sanitária vai ao local para reinspeção. “Nosso interesse é unicamente garantir a segurança do paciente. Nosso papel é promover e proteger a saúde da população”, declarou. A inspeção é feita em média duas vezes por ano. 

Município – Pela manhã desta segunda-feira (5), o secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, informou ao Campo Grande News, que ainda não havia definição sobre as ações que seriam tomadas para reativar o centro cirúrgico do Hospital da Mulher.

Via assessoria de imprensa, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que houve falta de manutenção constante em equipamentos e serviços há muitos anos. “Soluções definitivas exigiam investimentos maiores e outras ações, impossíveis de serem resolvidas em curto espaço de tempo, com os cofres públicos sendo entregues esvaziados em agosto de 2015 e, também, pelo fato de que reformas em centros cirúrgicos exigem logística diferenciada”, segundo nota enviada.

A nota ainda esclarece que os atendimentos ambulatoriais continuam sendo realizados. Em casos de Urgência e Emergência, um dos médicos plantonistas, sempre em escala de dois, quando necessário acompanhará a paciente na ambulância até um hospital conveniado.

Ou, casos de menor gravidade, nas Unidades de Pronto Atendimento. “A população usuária do Hospital da Mulher não será, sob hipótese nenhuma, prejudicada em seu tratamento ou socorro”, conforme a nota.

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