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Capital

No Nova Lima, morador luta contra enxurrada e alagamento de casa

Chuva provocou alagamentos e deixou o trânsito ainda mais difícil nas ruas do Nova Lima

Paula Maciulevicius Brasil e Bruna Marques | 26/10/2020 12:15


É com vassoura na mão e disposição de lutar contra enxurrada que seu Pedro "enxuga gelo" na varanda da casa do sobrinho, na Rua Lino Villachá, no Bairro Nova Lima, em Campo Grande. Presidente do bairro e também motorista, ele e a esposa Cláudia moram ao lado e ficam de olho enquanto o rapaz trabalha.

"Sempre acontece, agora principalmente, porque fizeram o asfalto e daí esses bueiros sujos entopem e acontece isso. Os bueiros deveriam comportar mais água para isso não acontecer, porque do jeito que a chuva vem, ela não consegue descer e empoça", fala Pedro Domingos Faustino, de 49 anos.

Pedro tentando tirar água da casa do sobrinho, na Rua Lino Villachá, no Nova Lima. (Foto: Henrique Kawaminami)
Pedro tentando tirar água da casa do sobrinho, na Rua Lino Villachá, no Nova Lima. (Foto: Henrique Kawaminami)

Presidente do bairro há um ano e meio, Pedro acredita que para não precisar usar vassoura na contenção da água, o trabalho para evitar alagamentos deve ser paliativo. "De outubro a novembro é quando tem mais chuvas, tem que fazer as coisas antes, porque na hora que chove não adianta".

A esposa Cláudia Regina Apolinário Silva, que é pedagoga, relata que a família mora ali há 38 anos. "Quando chove alaga a casa do meu sobrinho, já é a segunda vez. Toda vez que vem enxurrada acontece isso. Aí a gente fica aqui cuidando, porque está trabalhando. Já chegou vez de alagar a rua toda", descreve.

Chuva castiga moradores da região. (Foto: Henrique Kawaminami)
Chuva castiga moradores da região. (Foto: Henrique Kawaminami)
Moradores apontam que bueiros sujos impedem a água de descer. (Foto: Henrique Kawaminami)
Moradores apontam que bueiros sujos impedem a água de descer. (Foto: Henrique Kawaminami)

Para ela, antes de qualquer serviço do poder público, precisa haver consciência da população. "Precisam parar de jogar lixo na rua, porque entra na boca de lobo e acontece isso. Nós sempre limpamos, e a Prefeitura tinha que vir fazer um trabalho de prevenção na limpeza", acredita.

Empregada doméstica, há 11 anos Erlina Safra mora na região e neste tempo, já teve a triste experiência de ver a água da chuva tomar até as gavetas de sua geladeira. "Já entrou água até dentro da gaveta da geladeira. Já perdi tudo. Não tenho mais nada em casa. Tive que fazer uma rampa no portão e mureta em volta da varanda para o problema acabar", desabafa.

Erlina contando dos prejuízos que a chuva já lhe trouxe. (Foto: Henrique Kawaminami)
Erlina contando dos prejuízos que a chuva já lhe trouxe. (Foto: Henrique Kawaminami)

O prejuízo com os estragos da última chuva forte até hoje não foram recuperados. "Caiu armário, guarda-roupa, tudo. Quando acontece, a gente chora, mas depois não tem o que fazer. Apesar do asfalto, ainda temos o problema de alagação e cada um vai se virando como pode para não ter a casa alagada".

A chuva provocou alagamentos e deixou o trânsito ainda mais difícil nas ruas sem asfalto do bairro, como é possível ver na galeria de fotos abaixo:

Enxurrada na Avenida Cândido Garcia. (Foto: Henrique Kawaminami)
Enxurrada na Avenida Cândido Garcia. (Foto: Henrique Kawaminami)


Confira a galeria de imagens:

  • Pedestre tentando atravessar a Avenida Cândido Garcia com a Lino Villacha. (Foto: Henrique Kawaminami)
  • Motociclista cruzando a Avenida Cândido Garcia. (Foto: Henrique Kawaminami)
  • Tentativa de atravessar a rua, na Avenida Cândido Garcia. (Foto: Henrique Kawaminami)
  • Cansaço estampado no rosto de quem luta contra a chuva. (Foto: Henrique Kawaminami)
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