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Capital

Nova tarifa de ônibus na Capital traz reclamações antigas de usuários

Fabiano Arruda e Ricardo Campos Jr. | 21/02/2011 10:16

Desconforto, lotação e atrasos estão entre as queixas

Divone Ribeiro diz que ônibus são “desconfortáveis e barulhentos”. (Foto: João Garrigó)
Divone Ribeiro diz que ônibus são “desconfortáveis e barulhentos”. (Foto: João Garrigó)

O novo valor da tarifa de ônibus em Campo Grande, definido na sexta-feira em R$ 2,70, trouxe cobranças recorrentes de usuário do transporte coletivo urbano. A tarifa passa a vigorar a partir do dia 28 deste mês. Já o “fresquinho” sobe de R$ 3 para R$ 3,20.

A agente administrativa Gladis Bueno, de 31 anos, usuária do “fresquinho”, considerou os novos valores como “caros". Ela afirmou que o campo-grandense não se importaria em pagar mais caro se a frota de ônibus oferecesse mais conforto.

Na opinião de Gladis, um dos principais problemas no transporte está nas gratuidades, que “precisam ser revistas”. “Muitos estudantes não precisam estudar tão longe”, comenta, sugerindo que os alunos frequentassem as escolas do bairro em que moram.

Já a doméstica Elza Pereira dos Santos, de 41 anos, listou uma série de problemas. “Desconforto, atrasos, ônibus que estraga, sem contar que é um desrespeito para quem paga”, reclamou.

 Nova tarifa de ônibus na Capital traz reclamações antigas de usuários

A aposentada Ambrósia Mendonça, 66 anos, tem certeza que a nova tarifa vai pesar no bolso dos trabalhadores. “Às vezes as pessoas nem têm dinheiro para pegar ônibus. Mas para quem trabalha não existe outra solução”.

Ambrósia também define como desrespeito a situação dos idosos no transporte coletivo. “As pessoas sentam (no assento reservado para idosos) e não querem mais levantar. Deveria existir uma placa bem grande que obrigasse quem estiver sentado no assento a se levantar no momento em que o idoso chega”, sugere, pedindo, ainda, mais lugares nos veículos reservados para idosos.

A costureira Divone Ribeiro, também de 66 anos, é mais uma reclamante na qualidade dos veículos da frota. Para ela, os ônibus são “desconfortáveis e barulhentos”. “É muito ruim para quem depende de ônibus para trabalhar”.

Nova tarifa - A tarifa de R$ 2,70 representa um aumento de 8% em relação ao valor atual, de R$ 2,50. O valor novo vale tanto para quem paga em dinheiro quanto para quem utiliza o cartão.

O novo valor foi divulgado na sexta-feira à tarde, após reunião fechada entre representantes das empresas de ônibus, da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e da Agencia Reguladora de Serviços Delegados, que fiscaliza a tarifa dos serviços públicos.

O encontro teve a presença também dos vereadores Vanderlei Cabeludo e Flávio César, líder do prefeito Nelson Trad Filho (PMDB), na Câmara de Vereadores.

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