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Capital

“O povo tava na rua, não dentro do estabelecimento”, diz dono de bar interditado

Aglomeração foi resultado de feira e campeonato de futebol, explica empresário após ter bar lacrado

Alana Portela | 07/03/2021 10:25
A Rat Cold Beer fica na rua Yokoama, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)
A Rat Cold Beer fica na rua Yokoama, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)

Após ter bar lacrado pela Vigilância Sanitária, Eliel dos Santos, 39 anos, afirma que aglomeração não era dentro da Rat Cold Beer, em Campo Grande. “Se olharem as fotos, o povo tava na rua, na calçada do estabelecimento”, diz.

O estabelecimento que fica na rua Yokoma da Vila Palmeira, região do Santo Amaro, foi interditado na noite de ontem (6), após denúncia de que várias pessoas estavam sem máscara, aglomerando no local depois do torque recolher. Por isso, os agentes da Vigilância Sanitária e da Guarda Municipal foram até o bar e lacraram o espaço.

A interdição gerou a revolta do empresário e agora, ele afirma que o bar não é o único responsável pela aglomeração na região. “Não sou 100% culpado pelas pessoas estarem alí, pois têm outros eventos que acontecem em volta do bar”.

Aglomeração em frente ao Rat Cold Beer ontem a noite. (Foto: Direto das Ruas)
Aglomeração em frente ao Rat Cold Beer ontem a noite. (Foto: Direto das Ruas)

A Rat Cold Beer existe há dois anos e fica em frente ao campo de futebol Terrinha, onde segundo Eliel, é realizado campeonatos amadores. “Todo fim de semana o pessoal vai jogar alí. São mais de 20 times e sempre tem as rodadas que concentram uma quantidade de pessoa”.

Além do campo, uma quadra abaixo do bar também acontece a feira tradicional do bairro, onde os moradores se reúnem para comprar e vender produtos. “Moro aqui há 30 anos e essa feira sempre existiu”, diz.

Eliel relata que ontem, quando foi chegando perto do horário de recolher, as pessoas que estavam na feira e também no campo de futebol foram indo para outros locais, inclusive aproximando do seu bar. “Foram se dispersando e quando os guardas chegaram, tinha um monte de gente em frente do estabelecimento”.

“Alguns vão no bar porque é um ambiente onde podem sentar. Dentro do bar, temos álcool gel e mantemos o distanciamento. Mas, também têm aqueles que ficam em pé no lado de fora. Tentamos controlar o número de pessoas dentro, mas não consigo controlar na rua”, destaca o empresário.

Eliel explica que o bar é um local onde os clientes costumam curtir o happy hour. Por ser um amplo, acomoda 40 pessoas dentro do ambiente, mantendo as normas de biossegurança exigida pela prefeitura da cidade. Nos finais de semana, também tem música ao vivo no espaço.

Bar foi lacrado pela Vigilância Sanitária. (Foto: Direto das Ruas)
Bar foi lacrado pela Vigilância Sanitária. (Foto: Direto das Ruas)

O empresário ainda alega que o bar estava com todas as documentações em dia. “Todos os alvarás estavam certos, tínhamos autorização do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Sanitária para funcionar”.

Eliel revela também que o local já tinha sido orientado pela Guarda Municipal outras vezes sobre a questão de aglomeração. Isso, segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), já é um tipo de autuação verbal para evitar outros problemas como a interdição.

No entanto, ontem foi a primeira vez que o local foi lacrado. “Mas, viram que não é 100% minha culpa. Estávamos no final do expediente”, diz o empresário.

Apesar da interdição, o empresário conta que a partir de amanhã (8), o bar poderá funcionar novamente. “Pediram apenas para apresentar o nosso plano de biossegurança na prefeitura e já deslacram. Nada além disso”, finaliza.

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