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Capital

Obedecendo decreto, construtores redobram cuidados em obras após quarentena

Atividades no ramo da construção civil foram retomadas nesta 2ª feira; canteiros de obras devem seguir orientações da prefeitura

Liniker Ribeiro | 30/03/2020 17:29
Trabalhadores utilizando máscararas e luva durante tarde de obras em bairro da Capital (Foto: Paulo Francis)
Trabalhadores utilizando máscararas e luva durante tarde de obras em bairro da Capital (Foto: Paulo Francis)

Após uma semana de quarentena, trabalhadores da construção civil retomaram as atividades, nesta segunda-feira (30). Assim como supermercados, restaurantes e casas lotéricas, lojas que atendem o setor – e também equipes que atuam diretamente nos canteiros de obras - devem respeitar medidas de prevenção ao novo coronavírus, conforme decreto publicado pela Prefeitura de Campo Grande, na edição do Diário Oficial da última quinta-feira (26).

Para garantir que construtores e estabelecimentos estejam de acordo com a lei, equipes da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) percorreram canteiros de obras e lojas de materiais de construção durante todo o dia. Conforme o órgão, cerca de 12 obras foram visitadas e trabalhadores orientados quanto aos procedimentos de segurança a serem seguidos.

Mesmo quem não recebeu uma das equipes da prefeitura, redobrou os cuidados. Nos canteiros, além do alívio de voltar ao serviço, o desejo de manter um trabalho mais seguro predominou entre os responsáveis. Em duas obras visitadas pela equipe do Campo Grande News, foi possível encontrar equipes de até 10 pessoas trabalhando, todas devidamente prevenidas.

Construtor, Crispim (à esquerda) afirma que diversas medidas foram adotadas em canteiro de obras (Foto: Paulo Francis)
Construtor, Crispim (à esquerda) afirma que diversas medidas foram adotadas em canteiro de obras (Foto: Paulo Francis)

Na Vila Nascente, região norte da Capital, a construção de um empreendimento com quatro sobrados foi retomada após uma semana paralisada. Alívio para o construtor que comanda, pelo menos, 10 funcionários.

“Parado não tem retorno financeiro, por isso, precisamos trabalhar”, avalia o construtor Crispim Arguelho de Camargo, de 59 anos. No local, além de máscaras protegendo boca e nariz dos funcionários, álcool e demais produtos de higiene auxiliam na proteção dos trabalhadores.

Para o construtor, todas as medidas são válidas. “Estamos diante de um problema verídico. Precisamos trabalhar, mas também precisamos nos prevenir”, afirmou.

Mesma opinião do pedreiro Luís Carlos, de 58 anos, um dos responsáveis pela obra realizada na região da Vila Margarida. Foram 8 dias parados e hoje, no retorno, muita coisa mudou. Além de itens de proteção, equipe reduzida.

“Somos em sete pessoas, mas só quatro voltaram. Quem depende de ônibus não veio”, revela Luís Carlos. Ainda segundo ele, mesmo em número reduzido, os funcionários que ficaram estão trabalhando distantes um do outro. “Cada um em um apartamento”.

Conforme decreto da prefeitura, além de equipamentos de proteção individual é necessário que lavatórios sejam disponibilizados com água e sabão (Foto: Paulo Francis)
Conforme decreto da prefeitura, além de equipamentos de proteção individual é necessário que lavatórios sejam disponibilizados com água e sabão (Foto: Paulo Francis)

Regras - O decreto para o setor de construção civil exige que os empregadores mantenham no local de trabalho, lavatórios com água e sabão disponíveis aos trabalhadores, bem como de álcool em 70%, com uso obrigatório no início das atividades e a cada duas horas.

Também é determinado que os locais sejam mantidos ventilados e que as máquinas e grandes superfícies sejam limpas e higienizadas ao menos duas vezes ao dia, bem como evitar a circulação de pessoas e de fornecedores dentro do chão de fábrica ou nos canteiros de obras. Nesses casos, essas pessoas devem ser orientadas a lavar as mãos ou higienizá-las com álcool em gel.

A distância de 1,5 metro entre os trabalhadores da indústria e de dois metros entre os da construção civil está presente no decreto, além da necessidade de adoção de medidas internas para evitar a aglomeração de pessoas e , ainda, o afastamento imediato e encaminhamento a unidade de saúde de trabalhadores que apresentem sintomas da Covid-19.

A prefeitura determina ainda que as empresas construtoras e indústrias orientem os trabalhadores sobre alertá-las sobre suas condições de saúde e de familiares.

Para os canteiros de obras, ainda é exigido uso de EPIs (equipamentos de proteção individual) destinados ao combate ao novo coronavírus, como máscaras e luvas.

Equipe da Semadur durante fiscalização em canteiro de obras, nesta segunda-feira (Foto: Divulgação)
Equipe da Semadur durante fiscalização em canteiro de obras, nesta segunda-feira (Foto: Divulgação)


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