Oito meses antes de morrer, executado na Moreninha testemunhou crime de amigo

Investigações da 4ªDP (Delegacia de Polícia) apontam que Gabriel Brandão Mendonça, 22 anos, assassinado no dia 9 de novembro, foi executado por testemunhar a morte de Willian Henrique Matos dos Santos, 31, em março deste ano.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, João Cleber Dorneles, Gabriel presenciou o amigo João Lennon Ferreira dos Santos, atirando em Willian, no dia 16 de março, no cruzamento da Rua Dos Topógrafos com a Rua Iemen, no Bairro Mário Covas.

João Lennon morreu no dia 28 de julho, 4 meses depois de matar Willian. “Gabriel era amigo do João Lennon e testemunhou ele atirando no Willian. João Lennon também foi assassinado e estamos apurando para ver se um crime tem relação com o outro”, explica o delegado.

Segundo o delegado, um veículo Chevrolet Corsa foi encontrado queimado dias depois da morte de Gabriel. “Apreendemos esse veículo e estamos investigando se esse carro teria sido utilizado no crime”. A esposa de Gabriel e familiares próximos já foram ouvidos na delegacia e diligências ainda estão sendo realizadas.

Sequência de mortes - Willian Henrique Matos dos Santos, de 31 anos, conhecido como "Willian Rosca", foi assassinado no dia 16 de março, em Campo Grande. Pelo menos cinco tiros atingiram o homem, que morreu no cruzamento da Rua Dos Topógrafos com a Rua Iemen, no Bairro Mário Covas.

João Lennon, 31 anos, foi executado a tiros na Rua dos Topógrafos, no Jardim Canguru, na noite do dia 28 de julho. O homem foi alvo de aproximadamente 20 disparos. O rapaz estava perto de uma conveniência quando foi surpreendido por dois criminosos, que chegaram ao local em uma motocicleta.

Gabriel Brandão Mendonça, 22 anos, foi executado na noite do dia 9 de novembro, após ser atingido por mais de dez tiros, na Vila Moreninha III, em Campo Grande. Ele chegou a ser socorrido e levado até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Moreninhas, mas já chegou na unidade sem vida.