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Capital

Pacientes esperam por mais de 6 horas para atendimento em postos

Bruno Chaves | 30/12/2013 17:16
No posto do Nova Bahia, pacientes reclamam até de ausência de recepcionista (Foto: Pedro Peralta)
No posto do Nova Bahia, pacientes reclamam até de ausência de recepcionista (Foto: Pedro Peralta)

Os postos de saúde de Campo Grande funcionam normalmente nesta segunda-feira (30). No entanto, parte da população enfrenta dificuldade para receber atendimento e espera por mais de seis horas para conversar com um médico. Nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro, os atendimentos serão restritos aos CRSs (Centros Regionais de Saúde) e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).

No Posto de Saúde do Nova Bahia, a demora no atendimento começa na recepção. “Cheguei aqui há mais de 20 minutos e não tem ninguém para fazer minha ficha”, diz o vendedor Valdeir Porto, 40 anos, que foi ao local com dores no corpo e febre.

Já a aposentada Iane Cristina Lemos, 40, chegou às 9h e até às 15h30 não havia sido atendida. “Tenho epilepsia. No posto Vida Nova, meu bairro, a médica está de férias e por isso vim aqui procurar atendimento”, conta. Ela lembra que precisa conversar com um profissional da saúde para conseguir receitas do remédio controlado.

“Tinham dois médicos de manhã. Mas a tarde, a médica disse que vinha às 14h e não tinha ninguém agora. Outra médica clínica geral do Hospital Dia, que fica ao lado, está fazendo o atendimento”, afirma. “A assistente social mandou eu ir para casa e voltar a noite, mas vou esperar”, garante.

Já o trabalhador rural Waldomiro Colman, 62, esperou em média 40 minutos pelo atendimento médico. “Estou com um furúnculo e vim tomar uma injeção, foi até rápido". A esposa dele, Jandira Escobar, 59, conta que depois que a reportagem chegou ao local, as pessoas começaram a ser chamadas com rapidez. “Foram uma seis de uma vez só, achei até estranho”, confessa.

Na UPA do Coronel Antonino, a espera também pode ser longa. Sebastião Raimundo Rodrigues, 63, conta que chegou ao local às 10h e só conseguiu atendimento para a esposa às 14h30, depois de quatro horas e meia de espera. “Ela foi atendida e encaminhada para o soro, os médicos ainda não sabem o que minha esposa tem”, diz.

A pensionista Tirza Barcellos, 72, teve mais sorte. Acompanhada da neta Bruna Barcellos, 17, a idosa foi procurar atendimento no posto depois de ter sintomas de “gripe forte”. Cheguei às 15h e às 16h já estava liberada. “O médico me receitou uma injeção e um antialérgico e está tudo certo. Estou até me sentindo melhor”, revela.

Iane esperou por mais de seis horas para conseguir conversar com médica e solicitar receita de remédio controlado (Foto: Pedro Peralta)
Iane esperou por mais de seis horas para conseguir conversar com médica e solicitar receita de remédio controlado (Foto: Pedro Peralta)
Sebastião levou a esposa à UPA Coronel Antonino e disse que a espera atingiu quatro horas (Foto: Pedro Peralta)
Sebastião levou a esposa à UPA Coronel Antonino e disse que a espera atingiu quatro horas (Foto: Pedro Peralta)
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